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Após fechar acima de R$ 3,60, dólar fica instável com incertezas na China
G1
Após fechar acima de R$ 3,60 na véspera, o dólar abriu em alta mas logo passou a cair e opera com instabilidade nesta quarta-feira (26), em meio a uma nova queda nas ações chinesas e ao pessimismo nos mercados da Europa. Também pesa o cenário político conturbado no Brasil.
Às 9h49, a moeda norte-americana era cotada a R$ 3,6228 para venda, em alta de 0,39%.
A moeda continua girando em torno das máximas em 12 anos.
China cai e Europa reage mal
A Bolsa de Xangai, na China, voltou a fechar em queda nesta quarta-feira (26), com perda de 1,27%, mesmo após a China cortar a taxa de juros após fortes perdas e queda de mercados em todo o mundo. Na terça (25), as perdas foram de 7,63%, e na segunda (24), a queda foi mais brusca: 8,5%.
Mas o mercado japonês se recuperou. O índice Nikkei da Bolsa de Valores de Tóquio fechou em alta de 3,26%.
O órgão regulador dos mercados de capitais e a polícia da China estão mirando suspeitas de violação de regras para negociação de ações e uso de informações falsas, passo mais recente em uma leva de medidas para limpar os mercados em meio a oscilações intensas nas bolsas.
As bolsas da Europa reagiram mal e abriram em queda, apesar da recuperação na véspera. Os principais índices do continente operavam em baixa, contaminados pela nova queda das ações chinesas.
Turbulência nos mercados
A forte aversão ao risco nos mercados na segunda teve como pano de fundo as preocupações com a China, diante das indicações de que a desaceleração da economia chinesa é maior do que se esperava.
O movimento recente do banco central da China de desvalorizar o iuan também levou a um choque negativo no apetite de risco e elevou a preocupação de contaminação no crescimento global.
A China chegou a crescer 13% em 2007 e 10,4% em 2010, e manteve o ritmo em patamares elevados até o ano passado. Este ano, o crescimento esperado do PIB chinês em torno de 7% está abaixo do esperado.