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Notícias / Agronegócio

Uso de beta-agonistas em bovinos é liberada pelo MMA

Da Redação - Victor Cabral

A licença para utilização de beta-agonistas na alimentação de bovinos foi liberada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e indicação de uso é de 20 a 40 dias na fase final de engorda do animal.

A utilização do produto pode melhorar o rendimento do produtor rural, já que os beta-agonistas são classificados como aditivos e devem ser adicionados à dieta dos animais em confinamento.

A área técnica do Mapa analisou pedido do setor privado e considerou a conveniência, viabilidade e o interesse público, especificamente nos aspectos relacionados à segurança para os consumidores das novas tecnologias.

O analista de Pecuária do Núcleo Técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Carlos Augusto Zanata, explica que, segundo o fabricante, o uso correto do aditivo pode aumentar o peso final dos animais entre 14 e 16 quilos.

“Nos animais tratados com beta-agonistas, a energia contida nos alimentos é direcionada mais para a produção de carne do que de gordura, promovendo assim um maior ganho de peso e rendimento de carcaça nos animais tratados, quando comparados aos animais não tratados e isso aumenta a rentabilidade do produtor na hora de vender o gado”, afirma o analista.

Ainda segundo Zanata, os produtores que atendem ao mercado da União Européia (UE) devem ficar atentos ao uso dos beta-agonistas, já que o bloco econômico não permite a utilização destas substâncias em seu território nem comercializa carne de animais que tenham sido suplementados com o aditivo.

“Será necessário que o Brasil tenha um efetivo controle e fiscalização dos confinamentos que usarem o produto, pois a carne produzida nesses confinamentos não poderá ser comercializada para a UE”, esclarece Zanata.
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