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Notícias / Agronegócio

Proteção de milho transgênico contra pragas pode estar perdendo eficácia

De Sinop - Alexandre Alves

 A proteção do milho geneticamente modificado com a tecnologia “Bt” contra as pragas pode estar perdendo a sua eficácia, apontam técnicos da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja). A suspeita fora levantada durante o Circuito Tecnológico – Etapa Milho.

O circuito apurou que 69% dos produtores rurais de Mato Grosso estão realizando elevado número de aplicações de inseticida no milho semeado com a tecnologia Bt. Isso evidencia que a tecnologia está perdendo sua eficiência e, por isso, demandando maior uso de defensivos para combate às pragas, informa a assessoria da Aprosoja.

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O resultado foi obtido com a aplicação de questionários quantitativos, além da colheita de amostras de talhões de milho em todo o Estado no mês de abril. Dos produtores que lançam mão do inseticida mesmo no milho de alta tecnologia, 52% realizaram uma aplicação, 25% duas, 18% três, 1,3% quatro e 4% chegam a efetuar até cinco aplicações.

“Esse é um dado que mostra que deve haver mais atenção. Estão aplicando altas doses de inseticida em um milho que não precisaria dessa tecnologia, e se isso ocorre, é porque a tecnologia de combate já não está mais tão eficiente”, ressaltou Cid Sanches, gerente de planejamento da Aprosoja.

Além da aplicação nas lavouras, os dados obtidos no Circuito Tecnológico – Etapa Milho revelam que os agricultores também estão utilizando o inseticida no tratamento de sementes, totalizando 88% das propriedades que utilizam esse método.

O Circuito Tecnológico – Etapa Milho é um evento realizado pela Aprosoja em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), para fazer um levantamento completo sobre a safra de milho em Mato Grosso. O evento é patrocinado pela Syngenta e Kleffmann e recebe o apoio do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
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