Líder em produção de bovinos, Mato Grosso em breve entra em período de seca, sendo necessário o investimento em tecnologia e nutrição animal visando a garantia de ganhos durante a estiagem das chuvas, que prejudica a pastagem. Segundo os especialistas, os produtores devem traçar uma estratégia que englobe todo o ciclo bovino, ou seja, cria, recria até a engorda.
O planejamento e tecnologia visando a lucratividade da pecuária no período de estiagem das chuvas foi um dos assuntos discutidos durante o Circuito ExpoCorte 2015, realizado em Cuiabá na última semana. O assunto foi debatido pela Novanis Nutrição Animal e pecuaristas.
Leia mais:
Mato Grosso vacinou 95% das bezerras contra a brucelose; Imunização ocorre em duas etapas
Pecuária seguirá favorável no Brasil com retração de produção no exterior, diz especialista
Conforme o diretor da Novanis, Arlindo Vilela, a estratégia para o período de seca "é muito mais definir qual tipo de intensificação será utilizado durante o ciclo".
Em 2014, Mato Grosso colocou em confinamento 636.661 bovinos. O fato do Estado ser grande produtor de grãos, mais precisamente soja e milho, traz tranquilidade, visto significar a existência de grande oferta de matéria-prima para a alimentação bovina. Somente na safra 2014/2015 estima-se uma produção de 28 milhões de toneladas de soja e 15 milhões de toneladas de milho.
“Além disso, outras características favorecem o produtor de Mato Grosso já que o estado tem um período de seca delimitado e um clima tropical; fatores que junto com uma tecnologia adaptada à nossa realidade eleva a capacidade de produção”, frisa diretor da Novanis, Arlindo Vilela.
De acordo com o gerente comercial da Novanis, Eduardo Catuta, um bom manejo da pastagem aliado a uma suplementação planejada pode proporcionar a produção de uma arroba em fase de terminação com custos que variam entre R$ 60 a R$ 80 a arroba. Hoje, a arroba bovina está em média a R$ 130. “Nota-se que é possível produzir a um custo menor com ganho expressivo. Hoje a intensificação mais utilizada é o semi-confinamento, que é a engorda intensiva no pasto, alinhada à suplementação, o que possibilita uma grande eficiência”, comenta gerente técnico comercial, Eduardo Catuta.