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Frigoríficos de Mato Grosso registram mais de R$ 100 milhões em prejuízos com protestos de caminhoneiros

Da Redação - Viviane Petroli

 Os frigoríficos em Mato Grosso já registram prejuízos superiores a R$ 100 milhões. Os caminhões câmaras frias não conseguem retornar à indústria para realizar novos carregamentos e nem os que transportam animais conseguem voltar às propriedades rurais. Além disso, a falta de óleo diesel faz com que veículos fiquem estacionados nos frigoríficos.

Hoje, em Mato Grosso existem aproximadamente 41 plantas frigoríficas operando com abates de carne bovina.

Conforme o presidente do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo-MT), Luiz Freitas, a situação é delicada. Ele comenta que não estão chegando carretas vazias nos frigoríficos para a realização de novos carregamentos, bem como caminhões que transportam animais não estão chegando às propriedades para buscar os animais para abate.

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“Os prejuízos passam de R$ 100 milhões. É um transtorno grande. Não conseguimos levar as carnes para os portos e isso tem prejudicado o cumprimento de contratos de exportação. Se não houver um entendimento quanto ao óleo diesel e demais demandas dos transportadores não conseguiremos trabalhar”, comentou Luiz Freita ao Agro Olhar.

De acordo com o presidente do Sindifrigo-MT, apesar dos prejuízos tidos com a paralisação dos transportadores e caminhoneiros o setor frigorífico é solidário ao movimento.

Segundo o deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), os prejuízos para Mato Grosso podem ser grandes. “Podemos perder 50% da produção de soja se não colhermos. Os frigoríficos já estão com prejuízos na ordem de R$ 100 milhões por caminhões parados e falta de combustível. Demissões em diversos setores da economia podem ser geradas também. É uma covardia o governo federal não negociar”, declarou em entrevista ao Agro Olhar.
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