A paralisação do setor de transporte de cargas em Mato Grosso e em aproximadamente outros seis Estados no Brasil pode ser um sinal de 'mais um alerta' para um 'apagão no setor'. A colocação é do senador mato-grossense Wellington Fagundes (PR-MT) quando aos protestos iniciados há 15 dias pela redução do peço do óleo diesel, do ICMS incidente nos combustíveis, bem como o baixo valor do frete. Segundo o senador, um amplo discurso será aberto no Senado para debater a situação do segmento.

Conforme Wellington Fagundes, a discussão dos problemas com a logística, em especial as demandas do setor do transporte, serão discutidas no Senado Federal a partir dos trabalhos e estudo realizados pelo Frente Parlamentar de Logística de Transporte e Armazenagem.

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“Precisamos de uma solução efetiva para essa situação. Essa paralisação é mais um alerta. Há tempos que o Brasil vive sufocado pela questão da logística", pontua Fagundes.

Para o senador republicano a duplicação da BR-163, realizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT) e pela concessionária Rota do Oeste, será um grande avanço para Mato Grosso após conclusão das obras. “O sucesso da duplicação da BR-163 é uma boa demonstração de um bom caminho. Foi uma luta muito grande e intensa para que ela acontecesse. E os dados são fantásticos: as obras deverão baratear o frete em 11%, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres".

Segundo o senador, ele esteve reunido com senadores e deputados que integram a Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) na semana que antecedeu o Carnaval. Na reunião os parlamentares, entre vários assuntos, foi discutida a aprovação do Projeto de Lei que regulamenta a função de Motorista Profissional e disciplina sua jornada de trabalho.

"Temos problemas em todo o país no transporte rodoviário. Precisamos mudar essa realidade não apenas em Mato Grosso como em todo o Brasil, dando segurança a quem produz e garantindo o direito de quem precisa ir e vir", destaca.

Conforme Wellington Fagundes, uma 'solução efetiva' que possa atender transportadores e motoristas é quanto a questão de portos, aeroportos, ferrovias e hidrovias. Modais estes cujos estudos mostrar que a maioria encontra-se 'emperrados' no que diz respeito a burocracia e investimentos.

"Principalmente as hidrovias, setor em que temos um grande potencial pouco utilizado - observou. Então, temos que acertar as questões pontuais dessas reivindicações porque os riscos para o país são enormes. Porém, temos que definir estratégias para seguir avançando e afastarmos de vez de um 'apagão' no setor".