A China é a principal cliente da soja em grãos de Mato Grosso, enquanto Venezuela, Rússia e Hong Kong são as 'apaixonadas' pela carne bovina do estado. Somente o país asiático é responsável por 64,1% das negociações da oleaginosa, enquanto os outros três países compram juntos 63,4% da carne bovina exportada. O milho não fica para trás com Irã e Vietnã levando juntos 35,1% do cereal.
Os dados podem ser constatados na Balança das Exportações do Agronegócio, divulgada recentemente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
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Conforme o levantamento, dos US$ 7,196 bilhões negociados em soja em grãos, entre janeiro e novembro deste ano, US$ 4,618 bilhões em produto foram adquiridos pela China, ou seja, 64,1%. Ao somar o complexo soja, que inclui óleo e farelo, chega-se a US$ 9,727 bilhões negociados dos quais US$ 4,702 bilhões ou 48,3% tiveram a China como destino.
A Espanha é a segunda maior cliente da soja em grão mato-grossense com US$ 461,9 milhões. Montante este longe do verificado com a China, assim como os US$ 415,7 milhões dos Países Baixos.
Carne bovina
A carne bovina mato-grossense que segue para as exportações está praticamente nas mãos de três países: Venezuela, Rússia e Hong Kong. Juntos são responsáveis por 63,4% dos US$ 1,178 bilhão negociações por Mato Grosso.
A Venezuela, revela o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, é o maior comprador com US$ 289,5 milhões desembolsados entre janeiro e novembro com a carne bovina do estado. Hong Kong é o segundo com US$ 268,3 milhões, seguido da Rússia com US$ 190,8 milhões.
Os embarques para a Rússia, por sinal, saltaram significativamente de US$ 10,6 milhões para US$ 190,8 milhões com a abertura e reabertura de portos. O país começou a liberar embarques de frigoríficos mato-grossenses em meados do quarto trimestre de 2013, após restrição imposta em 15 de junho de 2011.
Milho
O Irã é o principal comprador de milho de Mato Grosso. Sozinho ele é responsável por 21,4% (US$ 356,8 milhões) dos US$ 1,663 bilhão exportados em cereal até novembro. Ao juntar o Irã com o Vietnã (US$ 227,4 milhões) 35,1% do milho mato-grossense exportado vai parar nas mãos dos dois países.