Mato Grosso captou apenas R$ 209,9 milhões do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) até o dia 30 de abril. Ao todo no país foram distribuídos R$ 2,3 bilhões, sendo que Minas Gerais e São Paulo obtiveram as maiores captações, R$ 421,8 milhões e R$ 337,5 milhões respectivamente. Para o Observatório ABC a concentração dos recursos no Sul e Sudeste do país é o que impede o desenvolvimento do programa na região Centro-Oeste, em especial Mato Grosso, e no Pará.
De acordo com dados do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Progrago (SICOR), do Banco Central, apresentados no relatório "Análise dos Recursos do Programa ABC, safra 2013/2014" do Observatório ABC, até abril, o valor médio dos contratos em Mato Grosso foi de R$ 370,9 mil.
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Na quinta-feira (10) o Observatório ABC realizou uma consulta pública com diversos setores ligados ao meio ambiente e produtivo para a elaboração do documento “O Brasil e uma Agricultura de Baixo Carbono: agenda para os Presidenciáveis”, cujo objetivo é ter um instrumento de amplo caráter e participação com recomendações para o aprimoramento e disseminação da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono no Brasil.
Segundo o representante do Observatório ABC, em Brasília (DF), que esteve em Cuiabá nesta quinta-feira (10) para trabalhar o assunto, Célio Porto, o projeto agora é a preparação de propostas aos candidatos para mostrar a importância da Agricultura de Baixo Carbono.
“As metas hoje são até 2020 e o próximo presidente tem de pensar no após 2020. A ideia é colher a visão regional para anexar a proposta que já está pronta”, aponta Célio Porto.
Uma das dificuldades no Programa ABC, salienta Célio Porto, é a distribuição dos recursos. “Vemos que a maior parte fica concentrada no Sul e Sudeste. O Centro-Oeste e a Amazônia Legal necessitam ter mais prioridade na locação dos recursos. A gente entende que o governo tem de fazer mecanismos e ajustar sua política de forma a atender melhor o Centro-Oeste e o Pará”, diz Célio Porto.