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Notícias / Pecuária

Auditoria independente atesta boas práticas de sustentabilidade da Marfrig na compra de gado na Amazônia

Da Assessoria

A Marfrig Global Foods, uma das maiores empresas globais de alimentos, publicou nesta terça-feira relatório produzido por uma consultoria independente que atesta boas práticas de sustentabilidade na compra de gado utilizado em suas unidades produtivas no bioma Amazônia. Após auditoria, a DNV – consultoria contratada com o objetivo de avaliar de modo independente as informações e processos da empresa – atestou que, em 2013, não foi identificada nenhuma operação de compra de gado que contrariasse os pontos do compromisso público assumido pelas maiores empresas de carnes do Brasil com a organização não-governamental Greenpeace em 2009, conhecido como “Critérios Mínimos Para Operações Com Gado E Produtos Bovinos Em Escala Industrial No Bioma Amazônia”.

O compromisso público estabelece critérios para as compras de gado de propriedades no bioma Amazônia, prevendo a exclusão da lista de fornecedores habilitados fazendas que desmataram a floresta após outubro de 2009, de acordo com as listas oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal) e Deter (Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real), além daquelas que constam da lista de trabalho análogo ao escravo do Ministério do Trabalho ou como localizadas em terras indígenas ou unidades de conservação, e ou que ainda se encontrem na lista de áreas embargadas segundo o Ibama.

A Marfrig monitora 7.195 propriedades no bioma Amazônia. Destas, 5.516 estão aptas ao fornecimento de gado para as cinco unidades produtivas da companhia na região, localizadas em Tangará da Serra/MT, Paranatinga/MT, Rolim de Moura/RO, Chupinguaia/RO e Tucumã/PA. Outras 1.679 propriedades estão bloqueadas para fornecimento de animais à Marfrig. Somente em 2013 a companhia bloqueou 159 fazendas por não corresponderem aos critérios de sustentabilidade exigidos.

Entre 25 e 28 de fevereiro de 2014, a empresa passou por auditoria da DNV, que avaliou as compras de animais entre 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2013, em toda cadeia produtiva da Marfrig no bioma Amazônia. “Estamos bastante satisfeitos com os resultados deste relatório, pois ele reafirma e endossa nosso compromisso com a sustentabilidade”, afirma Andrew Murchie, CEO da Marfrig Beef Brasil. “Investimos em processos, treinamentos e tecnologias que permitem que nossos produtos cheguem à mesa dos consumidores com alto padrão de qualidade, sem deixar de lado o respeito ao animal, à sociedade e ao meio ambiente”.

A auditoria foi feita segundo critérios estabelecidos em um Termo de Referência Técnico (TdR), elaborado pelas maiores empresas do setor e o Greenpeace no segundo semestre de 2013. O levantamento feito pela DNV também comprovou que a equipe de compra de gado da Marfrig verifica sistematicamente as listas de trabalho escravo e de áreas embargadas, conforme descrito no Procedimento de Controle Socioambiental da Compra de Gado, e que o sistema de compras da empresa impede automaticamente qualquer tentativa de aquisição de gado de propriedades bloqueadas.

Outro ponto destacado pelo relatório foi a existência de um programa que gerencia o desempenho e qualificação do técnico de campo que avalia as propriedades e o bom relacionamento com pecuaristas. O programa Marfrig Club, sustentado pelos pilares de respeito animal, respeito ambiental e respeito social, foi mencionado como um importante canal para o cumprimento desses critérios.

Para 2014, o plano de trabalho também divulgado hoje pela Marfrig prevê a melhoria na aquisição de informações sobre os terceiros que são fornecedores das propriedades com as quais trabalha. “Fomos além do estipulado para o ano passado e já temos implantada uma ferramenta de RFI (Request for Information), por meio da qual os pecuaristas nos informam quem são os terceiros que são seus fornecedores de gado. Neste ano, vamos trabalhar junto aos produtores e às autoridades governamentais para melhorar a qualidade e quantidade da informação disponível para termos um controle ainda maior sobre a origem do rebanho de ponta a ponta”, comenta Murchie.
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