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Acordo entre Incra, fazendeiros e MST quer reduzir conflitos no PA
Globo Rural
A reforma agrária foi tema de uma reunião em Marabá, no Pará. Durante o encontro, representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e de fazendeiros com áreas invadidas assinaram um acordo para reduzir os conflitos no estado.
A reunião começou com uma encenação teatral montada por integrantes do MST. A Câmara de Vereadores do município de Marabá ficou completamente tomada por pessoas ligadas ao movimento agrário na região sudeste do Pará.
O presidente do Incra, Carlos Guedes, assinou parceria com as prefeituras da região para aplicar recursos em infraestrutura nos assentamentos. Ao todo, foram liberados mais de R$ 30 milhões para construção de pontes e melhorias nas estradas vicinais.
No encontro foi assinada também a autorização de um estudo de avaliação de geração de renda em áreas da fazenda Santa Bárbara, que será realizado pelo Incra.
Para o representante da Agropecuária Santa Bárbara, Júlio Valente, as vistorias são importantes porque poderão demonstrar que as fazendas do grupo são produtivas e geram renda na região.
O MST ocupa três fazendas do grupo Santa Bárbara no sudeste e no sul do estado. O conflito mais recente foi em 2012, quando trabalhadores rurais que protestavam em frente à fazenda Cedro entraram em confronto com seguranças. PMs do Batalhão de Polícia de Choque foram deslocados para a região e 14 pessoas ficaram feridas.
As equipes do Incra devem começar as vistorias nas fazendas a partir de 10 de março.
Para o ouvidor agrário nacional, Gercino José da Silva, a assinatura do acordo entre Incra, MST e grupo Santa Bárbara pode significar um avanço para reduzir os conflitos agrários na região.