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Em SP, alta produtividade do abacate compensa o preço menor
Globo Rural
Começou a colheita do abacate em São Paulo. O preço caiu um pouco em relação à safra passada, mas a produtividade está bem melhor.
Os pés carregados enchem Alcino Bonela de orgulho. Ele tem 1,4 mil abacateiros em Jardinópolis, região de Ribeirão Preto, responsável por 20% da produção no estado de São Paulo. A colheita agora é da variedade geada, a primeira a ficar no ponto de apanha entre as três mais cultivadas pelos agricultores.
O abacate é muito sensível, por isso, é preciso tomar cuidado para que ele não sofra impactos. Durante a colheita, aqueles que são apanhados dos galhos mais altos descem em uma cesta. Neste mercado, fruta amassada significa prejuízo.
O quilo está sendo vendido por R$ 0,60, R$ 0,20 menos que no ano passado, mas para Alcino, a alta produtividade está compensando o preço menor. Ele pretente colher 250 toneladas. “O meu pomar não está ruim, não, eu estou achando que produziu bem. A casca da fruta está linda”, diz, orgulhoso.
São Paulo colhe 3,5 milhões de caixas de abacate por ano, número que representa um pouco mais da metade de toda a safra nacional.
A boa fase do mercado da fruta é reflexo do aumento na procura. Metade das frutas colhidas vai para o Norte e a outra metade para o Sul do Brasil.
Antônio Orioli, distribuidor que compra abacate de 40 produtores e envia para oito estados, conta que para chegar à Manaus, por exemplo, a fruta enfrenta mais de uma semana de viagem.
A preocupação dos produtores agora é com a estiagem. Há 11 anos, a região não tinha um início de ano tão seco.