Imprimir

Notícias / Geral

Maracujá BRS Rubi do Cerrado tem características superiores

Embrapa

 Maior resistência ao transporte, coloração de polpa amarelo forte - o que representa maior quantidade de vitamina C -, maior tempo de prateleira e bom rendimento de polpa são algumas das características do híbrido de maracujazeiro azedo BRS Rubi do Cerrado, lançado pela Embrapa Cerrados (Planaltina-DF), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), durante o XXII Congresso Brasileiro de Fruticultura, que será encerrado nesta sexta-feira (26), em Bento Gonçalves (RS).

O pesquisador da Embrapa Cerrados Fábio Faleiro, ao apresentar a cultivar na solenidade de lançamento, destacou seus maiores níveis de resistência às principais doenças do maracujazeiro (virose, bacteriose, antracnose e verrugose). “O diferencial do BRS Rubi do Cerrado é ter níveis de resistência às doenças superiores às atuais cultivares disponíveis no mercado. Chegar a esse resultado só foi possível com um árduo trabalho de melhoramento genético, em que os primeiros cruzamentos foram realizados em 1998”, ressaltou.

O diretor executivo de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Waldyr Stumpf Júnior, que acompanhou os lançamentos na terça-feira (23), enfatizou a importância dos programas de melhoramento genético da Embrapa e as redes de parcerias para o desenvolvimento de produtos tecnológicos. O diretor destacou o processo corporativo em que produtos e tecnologias são avaliados em rede nacional antes de serem disponibilizados à sociedade.

Além do BRS Rubi do Cerrado, foram lançadas no evento a cultivar BRS Platina, banana do tipo Prata, pela Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas-BA), e a cultivar de pessegueiro BRS Regalo, pela Embrapa Clima Temperado (Pelotas-RS). A Embrapa Uva e Vinho (Bento Gonçalves- RS) lançou a “Árvore do conhecimento: uva para processamento”, com informações online sobre a produção de uvas para a elaboração de vinhos, sucos e outros derivados.

Sementes – a BRS Rubi do Cerrado foi recomendada inicialmente para o estado do Mato Grosso e para o Distrito Federal, podendo atingir, dependendo das condições de manejo da cultura, produtividade superior a 50 toneladas por hectare. O plantio, se irrigado, pode ocorrer em qualquer época do ano em diferentes tipos de solo. Em regiões com estações chuvosa e seca bem definidas, recomenda-se o plantio no início da seca. A cultivar não se adapta a regiões sujeitas a geadas e solos encharcados.

A comercialização das sementes da BRS Rubi do Cerrado será feita pela Embrapa Produtos e Mercado, escritório de Campinas (SP). Os produtores e viveiristas interessados na nova cultivar deverão solicitar a reserva de sementes, que estão sujeitas à disponibilidade de estoque. Após o cadastro de reserva, o cliente deverá aguardar o contato da Embrapa, por email. Para mais informações sobre as reservas de sementes, os contatos são (19) 3749-8888, fax (19) 3749-8890, email sac@campinas.spm.embrapa.br ou pelo site www.campinas.spm.embrapa.br.

Rede de avaliação – o projeto de melhoramento genético do maracujá, desenvolvido por diversas Unidades da Embrapa e instituições parceiras, tem uma rede nacional de avaliação de desempenho agronômico das cultivares em estudo. Os híbridos e as variedades melhoradas de maracujá são avaliados em diferentes ensaios nacionais. A cultivar BRS Rubi do Cerrado, por exemplo, teve avaliação de norte a sul do país.

Pesquisadores da Embrapa Acre (Rio Branco-AC) implantaram unidades de observação nas propriedades de pequenos produtores. Após as avaliações, os pesquisadores estão recomendando os materiais lançados pela Embrapa Cerrados. “No próximo ano, faremos um Dia de Campo para apresentar as cultivares de maracujá, tanto a Rubi do Cerrado quanto a Sol do Cerrado, Gigante Amarelo e Ouro Vermelho. Essa é uma demanda do Estado e dos produtores”, afirmou o pesquisador Romeu Andrade.

No norte de Minas Gerais, a cultivar BRS Rubi do Cerrado também está sendo avaliada pelos produtores. O pesquisador da Embrapa Cerrados Herbert Cavalcante de Lima explicou que a avaliação do maracujá é uma das atividades de pesquisa participativa desenvolvida nas comunidades rurais da região de Alto Rio Pardo de Minas (MG).

No Rio de Janeiro, as cultivares desenvolvidas pela Embrapa Cerrados já demonstraram boa produtividade e resistência às principais doenças. O pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro-RJ) Sérgio Cenci tem indicado as variedades para as regiões norte e nordeste fluminense e baixadas litorâneas, que apresentam grande potencial de produção e agroindustrialização.
Imprimir