Notícias / Agronegócio
Alta do dólar estimula as exportações de carne suína em Santa Catarina
Globo Rural
A alta do dólar está estimulando as exportações de carne suína. Em Santa Catarina, as agroindústrias estão de olho no mercado japonês, que paga, em média, 30% a mais do que os outros mercados.
Em uma indústria do estado, os produtos começaram a ser negociados há mais de um ano. O cliente japonês só efetivou a compra após três visitas à agroindústria. A primeira foi para conhecer o sistema de integração da empresa com o produtor. A segunda, para conhecer o frigorífico e só então decidir os cortes e o tamanho milimétrico de cada pedaço.
Santa Catarina é o único estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação, status que foi decisivo na conquista do mercado japonês.
Para receber o aval do Japão, o governo catarinense teve que montar um sistema de monitoramento que certifique que todos os animais abatidos nasceram e foram criados no estado. Além disso, foi preciso adequar os cortes e as embalagens ao padrão japonês. Um frigorífico contratou 36 pessoas só para cuidar das encomendas.
De maio, quando o mercado japonês abriu as portas para o nosso produto, até dezembro, Santa Catarina enviou apenas oito contêineres de carne suína. No país asiático, a carne suína é considerada nobre.
"A gente admite que é conveniente ouvi-los, atender às suas exigências porque a remuneração paga estes custos adicionais que temos para produzir para eles. A perspectiva é de que possamos ao longo do ano embarcar algo em torno de 7 mil toneladas para o mercado japonês", diz Neivor Canton, vice-presidente da Cooperativa Central Aurora.