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Notícias / Agronegócio

Exportações de milho chegam a 21 mi/ton em janeiro e Brasil terá maior estoque de passagem da história

De Brasília - Vinícius Tavares

As exportações de milho devem chegar 21 milhões de toneladas até o fim de janeiro deste ano, que é quando se encerra o período agrícola do grão. A projeção é da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e consta de documento entitulado Balanço de 2013 e Perspectivas para 2014, lançado em dezembro, em Brasília.

No documento, a CNA avalia que, ao contrário de 2012, quando houve redução da oferta mundial e elevação das cotações, o ano de 2013 registrou crescimento da cultura do milho em praticamente todo o mundo.

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No Brasil, no período 2012/2013, a safra de milho foi recorde, com mais de 81 milhões de toneladas. No entanto, apesar dos bons volumes exportados e da expectativa par 2014, o mercado não conseguiu absorver toda a produção.

A entidade estima para o fim da safra 2013/2014 o maior estoque de passagem da série histórica do milho. A recuperação da produção mundial do cereal contribuiu para o cenário de queda dos preços do milho nas diferentes regiões produtoras do país.

Recuperação mundial
Em 2013, a recuperação mundial da produção tem como destaque os Estados Unidos, Ucrânia e União Europeia. Juntos, estes principais players devem colocar a mais no mercado 95 milhões de toneladas. Somente os norte-americanos, maiores produtores mundiais de milho, devem colher uma safra recorde, de mais de 355 milhões de toneladas.

Desta forma, segundo a entidade, as reduções de preço de milho nas direrentes regiões produtoras chegaram a 35%, em média, sendo registrados valores de comercialização abaixo do preço mínimo estabelecido pelo governo federal. As quedas só não foram maiores devido ao fator câmbio.

Preços em queda
Com o preço do grão abaixo do mínimo, o governo federal realizou forte intervenção do mercado do milho em 2013. A Companha Nacional de Abastecimento (Conab) auxilixou no escoamento de aproxidamente nove milhões de toneladas de milho através de leilões do Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor), além de disponibilizar contratos de opção para mais de dois milhões de toneladas do cereal.

Porém, apesar de aliviar a pressão de oferta e auxiliar as exportações de milho, as intervenções governamentais não foram suficientes para modificar a tendência de baixa. 
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