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No ES, enchente prejudica e agrava o escoamento da produção
Globo Rural
A quantidade de chuva diminuiu um pouco, mas a situação no Espírito Santo ainda é grave. O estado registra 21 mortes.
Muitas propriedades rurais estão alagadas e não há como escoar a produção.
No norte do Espírito Santo, campos inteiros se reduziram a pequenas ilhas. Lavouras foram engolidas e fazendas desapareceram. Muitos trabalhadores rurais já não sabem o que fazer.
Os animais se apressam para chegar a um lugar mais seco, mas como falta alimento, voltam para a água.
Wolmar Borges perdeu mais de 10 cabeças de gado e para evitar mais prejuízos, passa o dia tocando os animais de propriedade em propriedade.
De acordo com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural, o Espírito Santo enfrenta a maior chuva desde que as medições meteorológicas começaram, há 90 anos.
O Incaper não sabe quantos produtores rurais foram prejudicados, nem o valor do prejuízo porque está sem acesso às propriedades, mas concluiu que uma das áreas mais afetadas é a do café, principal atividade agrária do estado.
Segundo o Sindicato Rural de Linhares, na região norte do Espírito Santo, em 100% das propriedades houve prejuízos. O sindicato estuda uma estratégia para recuperar a produção.
Mais de 200 pontes foram afetadas pela chuva. De Linhares, o repórter Kaio Linhares conta como está a situação e atualiza no número de mortos e desabrigados.