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Produtores de farinha de mandioca de SP comemoram os lucros
Globo Rural
O plantio de uma lavoura em Lupércio, no centro-oeste de São Paulo, foi feito recentemente.
Valdir Menegucci preferiu cultivar a mandioca de casca preta, variedade que tem a vantagem de poder ser colhida mais rápido que as outras, tudo para aproveitar o preço do produto, que disparou no mercado. Em um ano, o valor da raiz subiu mais de 100%, por isso, a fábrica de farinha de mandioca funciona a todo vapor.
A mudança foi causada pela seca nos estados do Nordeste. A produção caiu drasticamente e com menos produto no mercado, o preço foi nas alturas.
A indústria está tendo que se adequar para atender à demanda. Em uma fábrica, máquinas e funcionários trabalham 24 horas por dia e folgam só aos domingos. O quadro de trabalhadores teve que aumentar em 15%, tudo para dar conta do aumento nas vendas.
Com essas medidas e com o novo panorama do mercado a produção já subiu 17% em relação ao ano anterior. "Precisamos contratar novos funcionários, novos colaboradores e mais matéria-prima. Realmente é um momento muito bom da farinha de mandioca", explica César Ferreira Rosário, gerente de produção.
Segundo o Cepea, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP, o preço da farinha de mandioca nunca esteve tão alto. No ramo há quase 30 anos, o gerente de vendas Fernando Rosário acha que este é o melhor momento para o agricultor e para a indústria.
O oeste de São Paulo produz quase 70% da mandioca do estado.