O ano de 2014 reserva um cenário promissor para a suinocultura em Mato Grosso, uma vez que neste ano está havendo recuperação de preços e o produtor está se capitalizando novamente, após crise em 2012.
Mas, apesar de o próximo ano ser bastante promissor, o presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Paulo Lucion, pondera que existem duas fortes preocupações na atividade: as questões relacionadas a preço mínimo e defesa sanitária.
Em entrevista ao Agro Olhar durante o 1º Fórum de Discussões da Suinocultura do Centro-Oeste – realizado em Cuiabá nos dias 5 e 6 de novembro – Lucion apontou que o Governo Federal cortou verbas na área de defesa sanitária, o que tem preocupado bastante os criadores de suínos.
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Mato Grosso está próximo da divisa com outros países, o que torna a região com mais risco de contaminação, apesar da fiscalização, e os países que recebem a carne suína exportada pelo Estado têm regras bastante rígidas de sanidade.
Além disso, o setor tem pressionado o governo no sentido da inserção da carne suína na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), o que auxiliaria a estabilizar a cadeia produtiva e é uma demanda bastante antiga da suinocultura.
“O PGPM e a defesa sanitária são as nossas principais prioridades hoje e nossas maiores preocupações em relação aos próximos anos na atividade”, ressaltou Paulo Lucion.
Suinocultura em Mato Grosso
Segundo dados da Abraves, a suinocultura de Mato Grosso deve registrar, nos próximos anos, um dos maiores crescimentos no país. O Estado tem hoje o 5º maior rebanho brasileiro e o maior da região Centro Oeste, com um plantel de 1,5 milhão e 130 mil matrizes. O Estado tem entre as vantagens para a produção a disponibilidade de grãos com preços competitivos.
A atividade é responsável pela geração de 8000 empregos diretos e outros 25 mil indiretos só em Mato Grosso. No ano passado, o Estado foi responsável pela exportação de 11,787 milhões de quilos de carne suína, com uma receita de US$ 25,335 milhões.