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Privatização de rodovias: novos editais saem amanhã
O Globo
O ministro dos Transportes, César Borges, informou ontem que o governo deverá enviar até amanhã ao Tribunal de Contas da União (TCU) os editais para concessão das Rodovias BR-163 no Mato Grosso e do trecho que envolve as BRs 060/153/262, que atravessam Goiás e Minas Gerais, chegando até Betim (MG). Borges reforçou a previsão de efetuar mais quatro leilões do Programa de Investimentos em Logística (PIL) ainda neste ano.
O governo também planeja I leiloar neste ano os trechos da BR-163 no Mato Grosso do Sul e a BR-040, que passa por Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais. O próximo leilão será da BR-163 no Mato Grosso e deverá ocorrer no dia 27 de novembro. Depois, a partir do dia 4 de dezembro, estão previstos leilões semanais até o Natal.
Para atrair mais interessados nos leilões, o governo considera reduzir o espaço entre as duas pistas das Rodovias que serão duplicadas pelo Programa de Investimentos em Logística (PIL), o que pode implicar um menor nível de segurança para os usuários das Rodovias, segundo avaliação de especialistas.
No caso do edital da BR- 262 - que não teve interessados na primeira tentativa de leilão - o governo considera a "exclusão da cláusula que estabelece largura mínimo do canteiro central de nove metros", segundo a apresentação do ministro na Comissão. Nessa apresentação, o governo indica que seria adotado para a rodovia o padrão Classe I-A, que, na prática, coloca espaços variáveis dos canteiros ao longo da estrada (de três a 12 metros) e implica uma barreira central para que os veículos não atravessem de um sentido para o outro.
Segundo o professor Luiz Afonso dos Santos Senna, especialista em transportes da UFRGS, a rodovia sem o espaço de nove metros entre as duas pistas deixa de ser top, como se previa no projeto original
- A rodovia ideal é a freeway americana, com espaço entre as vias e inclinação entre elas, como era previsto - disse Senna.
Indagado sobre a mudança, o Ministério dos Transportes informou por meio de nota que "o governo quer assegurar ao mercado qüe a rodovia será duplicada, por isso estuda um mecanismo que proporcione maior conforto ao concessionário.