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Robô criado pela Embrapa monitora as plantações e evita desperdícios

G1

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de São Carlos (SP) apresentou as novas tecnologias desenvolvidas pelo primeiro laboratório de agricultura de precisão do país, inaugurado nesta sexta-feira (20). A central custou R$ 7 milhões e os protótipos de alta tecnologia podem ajudar a reduzir o desperdício de adubos e defensivos, além de analisar a qualidade do que é produzido no campo.

Um dos produtos apresentados é o robô móvel agrícola, um equipamento movido a diesel com mais de três toneladas e que custou R$ 1 milhão. A máquina poderá ser utilizada para fazer um verdadeiro 'raio-x' das plantações. O robô é acionado à distância pelo computador na hora, mas os comandos também podem ser definidos antes.

O protótipo vai reunir sensores e câmeras para mapear as áreas e, com isso, identificar as necessidades do solo e das plantas. Uma das dificuldades dos agricultores é saber exatamente onde estão os problemas na lavoura e a falta de informações precisas pode fazer com que eles tomem medidas erradas, perdendo dinheiro.

“Seria como um check-up da lavoura, então encontrar alguma área com anomalias ou algum problema são propriedades que a agronomia interessa para garantir a produtividade”, comentou o coordenador de agricultura de precisão da Embrapa, Ricardo Ianamasu.

O mapeamento ainda pode ser feito do alto, com um mini-helicóptero de seis hélices, que fica a até 150 metros de altura. Os comandos também são acionados pelo computador.

O robô é uma parceria com Embrapa, Universidade de São Paulo (USP) e uma empresa privada. A máquina foi desenvolvida para grandes plantações, mas a ideia é adaptar os sensores também para pequenas propriedades. “É pegar o sensor e colocar na máquina que o pequeno produtor usa para auxiliar na guiagem, um trato, por exemplo”, explicou o engenheiro da USP, Arthur Porto.

O produtor rural Flávio Marchesin foi conhecer o equipamento e se interessou pelas novidades que pode ter em sua pequena propriedade. Ele planta 15 tipos de verduras e legumes e para manter a qualidade ele usa 720 quilos de adubo por mês, mas não sabe se a quantidade é a ideal. “O desafio é grande porque a gente não tem o equipamento na propriedade que consiga medir os nutrientes que já estão no solo, a gente não sabe se tá usando produto a mais do que era preciso, poderia estar jogando dinheiro fora sem saber”, disse.

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