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Chegando a custar R$ 130, MT é o estado com o gás de cozinha mais caro do país; confira índice das cidades

Da Redação - Michael Esquer

Mato Grosso é o estado do país com o preço mais caro do gás liquefeito de petróleo (GLP), o popular gás de cozinha. O dado consta no levantamento mensal de preços feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que publica mensalmente o preço do GLP comercializado em todos os estados brasileiros.  

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De acordo com o índice, o Estado alcançou o maior preço máximo e o maior preço médio de todo o país. A pesquisa foi feita em 46 estabelecimentos e o menor preço encontrado foi de R$ 100. O botijão mais caro foi de R$ 130 e o preço médio de todos os itens encontrados foi de R$ 115,79. 

Com esse número tão alto, o trabalhador que recebe um salário mínimo, atualmente de R$ 1.100,00, tem que gastar mais de um décimo do salário por mês, em média, apenas com o gás de cozinha. O ranking nacional liderado por Mato Grosso é seguido pelos estados de Roraima e Rondônia. 

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Valor do gás nas cidades de MT

Utilizando o banco de dados da ANP, a reportagem fez o mesmo levantamento do gás nas principais cidades do estado. Sendo elas: Alta Floresta, Cáceres, Cuiabá, Rondonópolis, Sorriso, Sinop e Várzea Grande. 

Custando R$ 130, foi constatado que a cidade de Sorriso e Sinop lideram com o maior preço máximo do gás de cozinha do estado. Em relação ao preço médio, as cidades líderes são Alta Floresta (R$ 129) e Sorriso (R$ 125,63).
 
Cuiabá é a cidade que apresenta o menor preço do gás em todo o estado. O menor valor do botijão encontrado na capital é de R$ 97,99. Na sequência aparece Cáceres, onde, custando R$ 100, se enquadra como a segunda cidade com o menor preço do GLP. 

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Polícia de preços da Petrobras

O economista Fernando Henrique da Conceição Dias, mestrando em Economia pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), explicou ao Olhar Agro no que consiste os aumentos consecutivos no preço do combustível. Segundo ele, para entender esse fator, é preciso compreender a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), adotada pela Petrobras. Nesse sistema, a companhia se pauta no mercado internacional para salvaguardar acionistas estrangeiros. 

“Os preços internacionais acabam interferindo na nossa economia doméstica, justamente por causa da globalização financeira. É bem complicado, porque você tem um PIB [Produto Interno Bruto] e um IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] com números muito ruins, o custo de vida do brasileiro perdeu poder e o real está se corroendo. Quando o dólar está alto, a tendência é que a economia doméstica sofra muito com isso. A gente está, infelizmente, com o dólar que já chegou a quase seis reais”, explica Dias. 

Sobre o papel do Governo, o pesquisador explica que apesar da tentativa de diminuir a inflação através da alta do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), a medida é tímida e não tem tido sucesso. Ele cita ainda a desvalorização da moeda brasileira em relação ao dólar, diante, entre outras coisas, da desconfiança do plano de recuperação fiscal brasileiro e grande preocupação com o caminho contrário adotado pelo país em relação a governança climática sustentável, que, segundo ele, fazem com que o Brasil seja mal visto. 

“O que precisa ser feito é: a gente precisa fazer a lição da economia doméstica, que não está sendo feita. E a gente só faz isso com uma política de cunho social, uma política de distribuição de renda, de crédito, de custo social. Porém, isso não está ocorrendo, porque a gente está em pandemia, tem o auxílio emergencial, o índice de desemprego aumentou, a gente não está conseguindo ter força de produtividade”, finaliza.
 
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