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Notícias / Pecuária

Após confirmação de caso como atípico, Fávaro crê em rápido desembargo da exportação de carne para China

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Érika Oliveira e Max Aguiar

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Carlos Fávaro (PSD), afirmou que a transparência e agilidade empenhada pelo Governo Federal no caso envolvendo o caso de “vaca louca” em Marabá (PA) será primordial para o restabelecimento das exportações para a China, principal mercado consumidor do país.

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“Nós demos toda transparência no processo. Imediatamente, na Quarta-feira de Cinzas, quando confirmou o caso e era preciso ser feita a tipificação – o Brasil não faz essa análise, até dezembro de 2023 nós estamos preparando nosso laboratório em Pernambuco para fazer isso – remetemos para análise do laboratório cadastrado na Organização Mundial do Animal, no Canadá. Avisei o presidente e a recomendação foi de total transparência e agilidade na informação”, afirmou, logo após participar do lançamento do Residencial Carlina Bezerra, em Rondonópolis (212 Km de Cuiabá), com a presença de Lula, nesta sexta-feira (03).

Na quarta-feira (02), o Mapa divulgou que a análise do laboratório de referencia da Organização Mundial de Saúde Animal (MAS) confirmou que o caso isolado de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) detectado no Pará é atípico tipo H.

Fávaro pontuou que já comunicou o presidente Lula (PT) sobre o resultado e, imediatamente iniciou a inserção das referidas informações no sistema para comunicação oficial à OMSA e às autoridades chinesas. Assim que concluído esse processo, será marcada uma reunião virtual com o governo chines para tratar do desembargo da exportação da carne bovina ao país.

“Com o resultado nós vamos resolver o problema do embargo, que é protocolar. Podemos até discutir um protocolo que não embargue quando tiver casos atípicos, mas é preciso o primeiro passo, que é de credibilidade. Estamos tocando o processo com muita credibilidade para que possa, num futuro próximo, mudar esse protocolo”, declarou.

“Vamos marcar uma reunião virtual, sugeri a ida de nosso secretário de Relações Internacionais e de Defesa Animal à China, eles se disseram como satisfeitos com a forma que está sendo conduzido e por isso, acredito que muito rápido, por meio de uma reunião virtual, nós vamos encontrar o time e ordem de liberação da volta das exportações”, pontuou.

Redução do preço

Fávaro avaliou ser natural que a suspensão das exportações resulte na queda do preso da carne bovina no Brasil, mas pontuou que esse é um movimento que já acontecia no país, por conta do ciclo de baixa na pecuária.

“Neste momento, com o caso instalado, piora um pouco a situação. O mercado está suspenso, perdemos um mercado de R$ 8 bi por ano. Então, imagine quando em 2021 ficou 121 dias, quatro meses, fechado, algo em torno de R$ 13 bi deixaram de ser exportados. Isso gera desemprego, gera perda de renda para o Brasil, resultado da balança comercial piora. Nós estamos no 10º dia do anúncio de Vaca Louca, já estamos na fase final de reabertura do processo, quero crer que em poucos dias isso será feito e aí retomamos as exportações”, explicou.

Além disso, o ministro ressaltou que desde a posse de Lula a imagem internacional do Brasil melhorou, favorecendo a relação comercial com os outros países como a China.

“Em 28 de março presidente Lula estará na China, em um dos protocolos de habilitação de plantas frigoríficas bovinas, suínas e aves para a China. O que vai aumentar a nossa relação comercial. Portanto, é factível superarmos esse momento que perdemos”, avaliou.

“E no mercado interno vai continuar com preços mais reduzidos não por conta da Vaca Louca, mas por ciclos da pecuária brasileira, que são normais e naturais, não é por intervenção do Governo”, pontuou.
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