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Notícias / Agronegócio

Secretário de Desenvolvimento diz que Brasil iniciou tratativas para comprar fertilizantes do Canadá

Da Redação - Isabela Mercuri / Do local - Max Aguiar

Diante da guerra na Ucrânia, uma das preocupações dos agricultores brasileiros se deu em relação à importação de fertilizantes, que vem principalmente da Rússia. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, César Miranda, para a safra atual ainda há estoque, mas para os próximos meses já são discutidas tratativas com o Canadá. Outra alternativa é que o Brasil produza seus próprios fertilizantes.

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“O cenário, neste momento, com a guerra em andamento, é um cenário muito ruim. Mas já estão sendo abertas novas tratativas com o Canadá, quer dizer, e o próprio Brasil tem condições de produzir. É uma questão de bom senso, de sentar executivo, legislativo, judiciário e construir formas de a gente utilizar o nosso potássio, utilizar as nossas reservas minerais e naturais de forma sustentável pra que a gente possa sair da dependência internacional”, afirmou na última quarta-feira (9).

Segundo César, por enquanto as exportações não foram prejudicadas. A grande questão está, realmente, nos adubos e outros insumos para agricultura. “Nós temos conversado com o Ministério da Agricultura, as informações que nós temos que para essa safra agora nós ainda temos condições, fertilizantes para poder plantar e produzir. Mas essa é uma questão que está afetando não só Mato Grosso como o Brasil e o mundo. E a gente espera que essa guerra acabe logo e essas questões voltem a ser normalizadas”.

Exploração no Brasil

Nesta semana, também diante da dificuldade de importação, o deputado federal Neri Geller (PP) defendeu que, apesar de o governo federal ter garantindo que o Brasil tem forte estoque de fertilizantes até a próxima safra, é preciso buscar imediatamente uma alternativa para diminuir a dependência da importação de adubos, especialmente do Potássio. E a solução apontada pelo parlamentar passa pela exploração do minério no Amazonas.

O deputado estadual Lúdio Cabral (PT), por sua vez, criticou este posicionamento, e afirmou que “aproveitar” a guerra para iniciar esta exploração seria “escancarar a porteira da destruição do meio ambiente”.
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