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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Carne de frango: evolução das exportações mundiais em uma década

Se as previsões do departamento de Agricultura dos EUA (USDA) se confirmarem, em 2013 os principais exportadores mundiais de carne de frango negociarão cerca de 10,3 milhões de toneladas do produto, volume 2% superior ao que vem sendo apontado para 2012 (10,088 milhões/t). Bem mais expressiva, porém, será a variação em uma década – mais de 70%, o que corresponde a um incremento médio de pouco mais de 5,5% ao ano, significativo se considerado que nesse período o setor enfrentou duas crises: a da Influenza Aviária, em 2006: e a da economia mundial, iniciada em 2008, mas com extensão até os dias atuais.

Nesse cenário, a participação do Brasil entre os cinco maiores exportadores mundiais é que apresenta maior relevância, pois apresenta evolução de 90%, contra 46% dos EUA, 35% da União Europeia (em 2003 com 25 países; hoje, com 27), 24% da Tailândia e apenas 3% da China.

Com esse desempenho, o Brasil tornou-se o primeiro exportador mundial (isso já em 2004) e deve neste ano, pelas previsões do USDA, responder por 35% do comércio de carne de frango. Já os quatro exportadores seguintes tendem a registrar redução de participação em relação a 2003.

Os EUA, de 37% para 32% (mesmo índice registrado pelo Brasil há 10 anos); a União Europeia, de 13% para 10%; a China, de 6% para 4%; a Tailândia (que volta a superar a China no volume exportado), de 8% para 6%.

Se a participação da maioria caiu e o Brasil não conseguiu alcançar a participação que os EUA tinham em 2003 (37% do total), quem ganhou? Os demais exportadores – e de forma avassaladora. Em 2003, eles detinham apenas 4% das exportações mundiais. Em 2013 tendem a responder por 13%. Com isso colocam-se à frente de União Europeia, China e Tailândia.

Feitas as contas, para uma expansão de 70% no comércio mundial, as vendas externas dos exportadores não inclusos no grupo dos cinco maiores aumentaram 500%.

Isso implica não só em aumento da concorrência para os exportadores tradicionais, como indica que aumentou o nível de auto-abastecimento de países importadores. Em outras palavras, o mercado internacional se estreita.
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