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Sábado, 20 de abril de 2024

Notícias | Agronegócio

Banco de Germoplasma contribui com pesquisas de melhoramento genético

As pesquisas de melhoramento genético desenvolvidas pelo Consórcio Pesquisa Café têm nos Bancos de Germoplasma (BAGs) sua principal fonte de matéria-prima. Os BAGs guardam e preservam uma extensa coleção de recursos genéticos utilizados nas pesquisas de melhoramento e na biotecnologia para obtenção de cultivares cada vez mais adaptadas e produtivas. O Instituto Agronômico de Campinas (IAC), instituição do Consórcio, mantém o maior e mais antigo Banco de Germoplasma de café do País, com 5.451 registros.

Com essa diversidade, o BAG do Instituto Agronômico contribui para significativos resultados na pesquisa cafeeira há 80 anos. Entre pesquisas que contam com a participação do Consórcio está o estudo para obtenção de cultivar resistente ao bicho-mineiro. A pesquisa é desenvolvida pela Fundação Procafé, pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e pelo IAC.

A nova cultivar IAC 045125 de café naturalmente sem cafeína, protegida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em 2011, foi desenvolvida por pesquisa do IAC com parceria da Embrapa Café, ainda está em pesquisa. A cultivar foi obtida a partir de um gene conservado no BAG retirado de uma planta originária da Etiópia. O acesso foi introduzido no BAG do IAC vindo de um centro de pesquisa da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) na Costa Rica. As pesquisas de melhoramento envolvem um trabalho de décadas, que tem início com a seleção de genótipos feita entre os acessos do BAG.

O trabalho de caracterização morfológica, agronômica, química e molecular feito com os materiais genéticos mantidos nos Bancos de Germoplasma é contínuo. Esta etapa é importante para a definição e a seleção dos materiais mais resistentes, com melhor produtividade e demais características consideradas necessárias de acordo com cada pesquisa. Um trabalho de longo prazo, avançando de geração em geração de plantas resultantes dos cruzamentos, mas que permite chegar a resultados efetivos, com precisão quanta à cultivar de café desejada.

As duas cultivares mais utilizadas nas lavouras cafeeiras do Brasil, a Mundo Novo e a Catuaí são resultados de pesquisas de melhoramento conduzidas pelo Instituto Agronômico a partir de seu Banco de Germoplasma. Elas são plantadas em cerca de 80% das lavouras de café atualmente.
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