A biotecnologia é uma das principais responsáveis pelo desenvolvimento do agronegócio no município de Campo Verde nos últimos 10 anos, segundo analisa o empresário José Arlan Nunes Lima.

Arlan é sócio-proprietário de uma revenda de sementes e insumos para a região que acaba de completar uma década de fundação e, neste período, acompanhou de muito perto a evolução e as demandas do setor na cidade.

Sobretudo na cultura do milho, a biotecnologia trouxe e continua trazendo grande capacidade de desenvolvimento. Arlan conta que, há 10 anos, era comum colher até 100 sacos do grão por hectare. Atualmente, essa média sobe para cerca de 160 sacos.

A produtividade cresceu tanto nos últimos anos que o empresário diz que “hoje não tem safrinha, tem duas safras”.

Os novos filhos e os novos investimentos

Além do aparato biotecnológio, outros fatores foram bastante importantes, segundo o empresário, para que Campo Verde se tornasse um importante polo do agronegócio mato-grossense: a mudança de pensamento dos produtores e os investimentos na produção.

O conhecimento “de pai para filho” foi incrementado com mais conhecimento, mais modernidade no campo. Os grandes responsáveis por esse incremento são, além dos próprios produtores, seus filhos, a nova geração, que sai das propriedades, estuda e volta com novas ideias.

“Hoje o agricultor está bem mais preparado e mais consciente. Existe uma evolução muito rápida das técnicas, ele tem que acompanhar a tecnologia”, ressalta José Arlan.

A cidade

E não foi só no campo que a produtividade aumentou bastante. A área urbana de Campo Verde teve um crescimento significativo. Arlan relembra que quando sua empresa, a Agrovenci, foi inaugurada, a cidade deveria ter aproximadamente 15 mil habitantes.

Orgulhoso da trajetória do município, ele pontua que, em 10 anos, a cidade (que hoje tem 24 anos de fundação) já dobrou sua população, tendo quase 34 mil moradores.