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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Produção de alimentos em Mato Grosso deve crescer 76% na próxima década

Foto: Reprodução

Produção de alimentos em Mato Grosso deve crescer 76% na próxima década
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou o estudo AgroMT Outlook 2012, com projeções para o período 2012/2022, onde aponta que Mato Grosso deve continuar sendo o ‘maior celeiro do país’. Na próxima década, a produção de alimentos do Estado deve atingir 71,6 milhões de toneladas, um aumento de 76% se comparado às estimativas para 2013, quando a produção deve ser de 40,7 milhões de toneladas.

Ainda de acordo com o estudo, a soja deve ter um crescimento de 62%, saltando de 24 milhões de toneladas para 39 milhões de toneladas, nos próximos 10 anos. Com este resultado, Mato Grosso deve se consolidar como maior produtor nacional da oleaginosa, responsável por 40% da produção brasileira.

O milho, segundo a assessoria de imprensa da Famato, terá a produção deve crescer 106% na próxima década, passando de 13 milhões de toneladas em 2013 para 28,6 milhões de toneladas em 2022.

Os números representarão 36% da produção brasileira, ainda segundo a Famato. Ao todo, a produção de grãos (soja e milho) deve chegar a 67,7 milhões de toneladas nos próximos 10 anos, aumento de 77,69% ante 2013, quando a colheita de grãos somará 38,1 milhões de toneladas.
Algodão

A estimativa para o algodão é que a safra 2021/2022 chegue a 895 mil toneladas, acréscimo de 29% na comparação com o ciclo 2013/2013 que produzirá 694 mil toneladas.

Mato Grosso deve continuar sendo o maior produtor de fibras do país em 2022, respondendo por 28% da produção nacional.

Carnes

A produção mato-grossense de carnes (bovina, suína e aves) deve crescer 54% até 2022, passando de 2 milhões de toneladas em 2013 para 3 milhões. A carne bovina, cuja produção em 2013 deve ser de 1,2 milhão de toneladas, atingirá 36% de aumento, ao passo que a área destinada a pecuária de corte deve sofrer queda de 19%.

“O interessante na pecuária é que apesar da queda de área, a lotação por hectare deve aumentar 26%. A diminuição das pastagens não afetará a produção, que será suprida pelo uso de novos sistemas intensivos de produção”, comenta o gestor do Imea, Daniel Latorraca.

Ainda de acordo com Latorraca, o aumento da demanda internacional por alimentos contribuirá diretamente para o crescimento da produção mato-grossense. Dados da Food and Agriculture Organization (FAO), mostram que a população mundial em 2022 atingirá oito bilhões de habitantes, sendo que 55% estarão nas cidades.

Além disso, o aumento da renda per capita nos países em desenvolvimento será de 37%, passando de US$ 6,9 mil por pessoa/ano para US$ 9,5 mil pessoa/ano em 2017. “Diante deste aumento populacional e da melhoria na renda, as pessoas de todo mundo consumirão mais e certamente parte destes alimentos sairá de Mato Grosso”, afirma o gestor do Imea.

Gargalos

Segundo o diretor executivo da Famato, Seneri Paludo, alguns desafios precisam ser vencidos para que a produção atinja tais níveis, como mais investimentos em infraestrutura e logística, aumento da capacidade de armazenamento de grãos e melhor qualificação da mão de obra.

“É fato que a produção de alimentos de Mato Grosso, principalmente soja e milho, irá crescer muito nos próximos anos. Mas para isso precisamos vencer alguns problemas crônicos do estado, como logística, armazenamento dos grãos e a falta de mão-de-obra.

Para este último, em especial, o Senar-MT tem se preparado e pretende capacitar 1 milhão de pessoas até 2020. Estudos como este do Imea são importante para que o poder público fique atento e comece a planejar e implementar ações que garantam a confirmação destas previsões”.

Na área da logística, Paludo destaca que a Famato, em parceria com as federações da indústria e agropecuária da região Centro-Oeste, desenvolve o projeto ‘Centro-Oeste Competitivo’, que irá traçar um planejamento estratégico de infraestrutura de transporte e logística de cargas para os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal.

A entidade também participa do Movimento Pró-Logística. “A partir destas iniciativas buscaremos parcerias tanto com os governos federal e estadual como também com a iniciativa privada para a construção de obras que desafoguem o transporte de cargas no Centro-Oeste”, finaliza.

Estas obras de logística serão essenciais para o desenvolvimento das novas fronteiras agrícolas de Mato Grosso, as regiões nordeste, noroeste e sudeste, que despontarão como as novas áreas agricultáveis do estado.

“Mas para isso é fundamental a finalização das obras da BR-158, na região nordeste, e da BR-163, na região norte do estado”, reforça o gestor do Imea, Daniel Latorraca.
(Com informações da assessoria)
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