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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Queridinho dos cuiabanos, rodízio ‘salva’ orçamento de restaurantes na crise

Foto: Reprodução/ Facebook

Queridinho dos cuiabanos, rodízio ‘salva’ orçamento de restaurantes na crise
Antes era só de carne, mas o cuiabano gosta mesmo do de peixe. Popular mesmo é o de pizza, mas a febre do momento é o de hambúrguer. Moda mesmo virou juntar tudo a preço fixo. Rodízio em Cuiabá é sucesso de público e com a retração do mercado alimentício cuiabano atual, tornou-se a saída para a crise. Uma nova forma de tirar o consumidor de casa para comer fora.

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Cuiabá é a oitava cidade com maior valor gasto em alimentação no Brasil, o que faz o cuiabano desembolsar 47% do valor de um salário mínimo, ou seja, quase metade só para se alimentar. Esse alto custo levou o cidadão a procurar alternativas para diminuir esse valor gasto. Foi então que cortes na alimentação fora de casa foram implantados e os cuiabanos passaram a preparar suas próprias refeições em casa, fato que ocasionou um recuo no lucro do comércio alimentício da região, que vinha em uma crescente. 

O jeito mesmo foi investir em alimentos diferenciados. Hamburguerias, Foodtrucks e foodbikes se proliferaram pela cidade oferecendo uma diversidade de lanches e doces e segundo o Sebrae viraram tendência no comércio nacional.

Em Cuiabá, a presidente da Associação Cuiabana de Comida de Rua, Marlene Rodrigues Terteriela, declarou ao Agro Olhar que as promoções são o maneira que o setor encontrou para contornar a crise. Fórmula que também está sendo colocada em prática pelos restaurantes da cidade com cada vez mais estabelecimentos aderindo aos rodízios.

Na hamburgueria “Casa 7”, o rodízio nem sempre foi o carro chefe da casa, que abriu apostando na venda dos chamados hambúrgueres gourmetizados, que levam ingredientes selecionados como variações de queijo, fórmula especial de confecção do hambúrguer, carnes selecionadas e combinações de ingredientes incomuns.

“No tempo de crise rodízio trouxe o público de volta para a casa”, conta a proprietária da Casa 7, Manuela Santana. Ela diz que a modalidade salvou o orçamento na crise, mas que a popularização do rodízio diminuiu o lucro. “A margem de lucro do rodízio é mais baixa do que a do burguer, acabamos ganhando na quantidade de pessoas e não no produto individual”, explica a proprietária.

“Acho que é uma cultura do cuiabano também, de sair para comer bastante e o rodízio traz essa opção”, diz Manuela. Segundo ela, a média de consumo por cliente no rodízio é de 5 mini hambúrgueres, mais as opções de entrada como cebola frita. Ela também observa que o seu maior público é composto por jovens. Com valor de R$29.90 o rodízio passou a ser oferecido pela casa todos os dias.  

Na pizzaria “Pizzaiola” ele sempre foi o queridinho do dono e do público. Com capacidade para aproximadamente 300 pessoas, a pizzaria chega a organizar uma fila de espera aos fins de semana. A prata da casa? O rodízio de pizzas, massas, sorvetes, escondidinho, frango e batata frita, caldos entre outros.

“Nós sempre tivemos o rodízio como foco. A cada 250 rodízios eu vendo só 6 pizzas a la carte e tem sábado que não sai nenhuma”, conta a proprietária Tainá Caixeta que trabalha no estabelecimento com a família.

A média de consumo por cliente é de aproximadamente 12 fatias por pessoa. “Tem gente que não gosta de pizza e vem por causa do frango frito, outros pelo macarrão e escondidinho, é um público bem abrangente”, relata Tainá. O valor do rodízio na Pizzaiola é de R$31,90 e recentemente foi implantado também o refrigerante em refil por R$ 7 reais.

Para o consumidor, o segredo do rodízio é a variedade e preço justo. “Você tem que estar disposto a comer bastante para ir ao rodízio, é um dia em especial. É bom pela variedade, você pode comer o que quiser, quanto quiser por um preço fixo, mas se você não quiser comer muito não vale a pena, é melhor a la carte. Então acho que depende da sua fome, na verdade”, diz o estudante Jefferson Maccari.
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