Em 2016, o agronegócio de Mato Grosso somou uma quantia de R$ 70,973 bilhões em receita gerada da porteira para dentro. O montante equivale significa um aumento de 12% em relação aos R$ 63,362 bilhões verificados em 2015. O algodão e a soja, apesar da quebra de safra nas duas culturas, bem como no milho, foram às culturas que praticamente seguraram a renda.
Os dados do Valor Bruto da Produção (VBP) foram divulgados na quinta-feira, 12 de janeiro, pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Conforme o levantamento, a agricultura foi responsável por R$ 56,007 bilhões dos R$ 70,973 bilhões verificados, enquanto a pecuária por R$ 14,966 bilhões.
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O Valor Bruto da Produção, como o
Agro Olhar já destacou, corresponde ao faturamento bruto dentro das propriedades. O cálculo é realizado com base na produção da safra agrícola e da pecuária e nos preços recebidos pelos produtores brasileiros.
Apesar da valorização na cotação das principais culturas, motivada pela quebra de produção, Mato Grosso, que é o principal produtor de grãos e gado do país ocupou mais uma vez a segunda posição, ficando atrás de São Paulo com ganhos de R$ 72,599 bilhões da porteira para dentro. O Paraná ficou em terceiro com R$ 66,796 bilhões.
O algodão registrou ganhos de R$ 11,635 bilhões em 2016. A cotonicultura encerrou o ano com a arroba (15 quilos) do algodão em pluma cotada a R$ 83,92 em média. O valor é superior aos R$ 68,16 de dezembro de 2015 e os R$ 73,10 de janeiro. No ano anterior a cultura havia somado R$ 9,700 bilhões.
A soja, que apresentou pico de R$ 83,20 em média no mês de junho, encerrou 2016 com rendimentos de R$ 31,533 bilhões. A cultura terminou 2016 cotada em média a R$ 65,44, levemente acima dos R$ 65,22 de dezembro de 2015 e abaixo dos R$ 66,76 de janeiro. Em 2015, a soma havia sido de R$ 26,899 bilhões.
Já o milho, mesmo chegando ao pico de R$ 34,68 a saca de 60 quilos em maio em média, apresentou salto de R$ 9,822 bilhões em 2015 para R$ 9,845 bilhões em 2016. A quebra de aproximadamente 7 milhões de toneladas pode ser o considerada o principal fator para o incremento ter sido "pequeno".
Pecuária
Na pecuária a bovinocultura apresentou leve crescimento de R$ 10,245 bilhões para R$ 10,588 bilhões de um ano para o outro, bem como a suinocultura de R$ 732,5 milhões para R$ 765,3 milhões.
Já o setor de frangos de R$ 2,048 milhões para R$ 2,279 bilhões.