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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Poder Executivo e produtores apostam em supersafra de 55 mi/t para "socorrer" economia de Mato Grosso

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Poder Executivo e produtores apostam em supersafra de 55 mi/t para
A “supersafra” de soja e milho em Mato Grosso está sendo tratada como uma possível “salvadora” da economia do Estado tanto pelo Poder Executivo como pelo próprio setor produtivo. A expectativa é que entre soja e milho sejam colhidas em torno de 55,5 milhões de toneladas de grãos na safra 2016/2017. Em 2016, conforme entidades ligadas aos produtores deixaram de circular em Mato Grosso algo em torno de R$ 3 bilhões em decorrência a quebra de aproximadamente 8 milhões de toneladas, motivada pela ausência de chuva.

As projeções, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), somente para a soja são de quase 30,5 milhões de toneladas, que deveram ser colhidas a partir de 1° de janeiro, e de 25 milhões de toneladas de milho 2ª safra. Juntas as duas culturas devem promover uma soma de 55,5 milhões de toneladas, volume este abaixo das 34 milhões de toneladas ao qual Mato Grosso tem capacidade de armazenagem.

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Recentemente o governador Pedro Taques (PSDB) avaliou que um saldo positivo na produção agrícola fará com que o governo arrecade mais ICMS. Conforme o chefe do Poder Executivo, com uma "supersafra" de grãos teria-se mais dinheiro para fazer investimentos e regularizar o duodécimo, que deve ser repassado aos poderes e que hoje está atrasado.

“Quem sabe, se tivermos uma super-arrecadação no ano que vem nós pagamos a diferença. Nós deixaremos de gastar R$ 1,4 bi no ano quem. Um valor que nós não temos. Mas se nós tivermos uma supersafra nós teremos isso e aí nós vamos fazer os investimentos em saúde, segurança, educação e infraestrutura turística que nós precisamos”, falou o governador Pedro Taques durante inauguração da rodovia estadual MT-241 no Distrito de Bom Jardim, no município de Nobres.

A safra 2015/2016 é considerada pelo setor produtivo como um ciclo “fora da curva”, bem como todo o ano de 2016. As projeções para a safra 2016/2017 apontam crescimento de produção, porém a tendência é de margem apertada, principalmente diante possíveis cotações menores e a falta de recurso na hora do plantio com os bancos mais restritos, como o Agro Olhar já comentou.

Na opinião do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famtato), Rui Prado, o governador Pedro Taques “está certo no ponto de vista dele”.

Prado afirma que uma supersafra ativa toda a economia, não apenas o produtor rural que vai colher e vender, mas a cadeia de combustíveis, de peças, de transporte, de funcionários. “Fomenta toda a economia. Então do ponto de vista do governo, uma supersafra é muito bom. Do ponto de vista do produtor também é bom. Logicamente com ressalva dos preços, mas de qualquer forma quanto maior a produção em Mato Grosso melhor será a situação da economia do Estado”.

Preços commodities com grande oferta

Ainda conforme Prado, não é apenas o mercado de Mato Grosso que determina os preços e sim toda uma conjuntura mundial. Ele salienta que um desastre seria “uma safra ruim com preços baixos”. “Uma safra maior é um indutor da economia. Gera um aquecimento. Independente dos preços. Lógico que se for uma safra grande com preços bons será muito melhor”.
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