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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Notícias | Logística

Cerca de 250 caminhões

Em prol de tabela mínima de frete caminhoneiros de 20 estados prometem 'parar' Brasília

Foto: Viviane Petroli/Agro Olhar

Carreata será realizada em frente aos Ministérios e Avenida das Bandeiras, em Brasília (DF), nas proximidades do Palácio do Congresso Nacional

Carreata será realizada em frente aos Ministérios e Avenida das Bandeiras, em Brasília (DF), nas proximidades do Palácio do Congresso Nacional

Caminhoneiros de Mato Grosso e ao menos outros 19 Estados prometem “parar” Brasília (DF) na próxima semana. A expectativa é que em torno de 250 caminhões rumem para a capital federal em prol da aprovação em caráter de urgência do Projeto de Lei nº 528/2015 que prevê a criação de uma tabela mínima para o frete do transporte de cargas. Outro ponto a ser reivindicado na capital federal é a obrigatoriedade da aplicação da tabela.

O manifesto dos caminhoneiros autônomos e empresas do setor de transporte de cargas será nos dias 29 e 30 de novembro, como o Agro Olhar comentou recentemente.

Segundo membros da União do Transporte Rodoviário de Cargas, um movimento independente do setor, caminhoneiros de diversos estados encontram-se em deslocamento para Brasília. Está previsto manifesto na região dos Ministérios e na Avenida das Bandeiras, nas proximidades do Palácio do Congresso Nacional.

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Há perspectiva de que ocorram manifestos nas principais cidades mato-grossenses e do país, porém até o momento nada foi confirmado. Caso haja interrupção do trânsito o mesmo será entre às 07h e 11h e das 13h às 17h nos dois dias de manifesto.

O setor do transporte de cargas, principalmente de grãos, vem passando por uma crise há três anos aproximadamente, tendo o “enterro do segmento” com a quebra da safra 2015/2016, onde somente entre soja e milho foram quase 9 milhões de toneladas a menos produzidas e transportadas e fretes baixos.

“A comissão organizadora do movimento da União do Transporte Rodoviário de Carga conclama o setor do transporte para ir à Brasília, bem como apoio daqueles que não podem ir. A Polícia Rodoviária Federal será comunicada sobre o nosso movimento, e no caso de Mato Grosso a Concessionária Rota do Oeste também. É um ato em prol do PL 528/2015 que prevê a criação da tabela mínima para o frete. Queremos que esse projeto tramite em caráter de urgência e caráter obrigatório a sua aplicação”, comentou ao Agro Olhar na semana passada um dos membros da União do Transporte de Cargas, Gilson Baitaca, que estará em Brasília na próxima semana.

Baitaca salientou ainda para a reportagem que em caso de fechamento das rodovias os caminhões não deverão ficar em cima da pista e sim no acostamento, ficando apenas os caminhoneiros manifestando sob o asfalto.

Crise

Em 2015, como acompanhado pelo Agro Olhar, os caminhoneiros em Mato Grosso chegaram entre os meses de fevereiro e março a bloquear as principais rotas de escoamento da produção de grãos. Em todo o país foram realizados manifestos em prol de melhores condições de trabalho e um frete que cubra os custos de produção.

Nos últimos anos o setor viu o preço do óleo diesel disparar, além de custos com manutenção do veículos, como pneus e oficinas, encargos e tributos. Somente em 2015 a Petrobras anunciou ao menos cinco reajustes de preço do litro do óleo diesel. Nas distribuidoras a alta chegou a cerca de 14,17% naquele ano.

De acordo com série histórica da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço do óleo diesel nas bombas para os consumidores entre outubro de 2013 e 2016 disparou em torno de R$ 28,6%. Em outubro de 2013 o preço médio pago pelo litro nos postos era de R$ 2,58 em Mato Grosso, enquanto em outubro de 2016 o valor ficou em R$ 3,32 em média. Em janeiro deste ano o litro era visto em média a R$ 3,26.
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