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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Notícias | Clima

61% ÁREA PRESERVADA

Maggi pedirá na COP22 compensação à agricultura por cumprimento de regras ambientais

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Maggi pedirá na COP22 compensação à agricultura por cumprimento de regras ambientais
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) pedirá compensação para a agropecuária brasileira pelos cuidados ambientais na COP22, que ocorre em Marrakech, no Marrocos. A postura mais firme será adotada pelo ministro Blairo Maggi em defesa para que os produtos agrícolas do país tenham preferência no mercado global, uma vez que os produtores cumprem rigorosas regras ambientais.

Hoje, o Brasil conta com 61% de suas matas nativas preservadas e é responsável por 14% da água doce do planeta. Além disso, adota práticas preservacionistas no cultivo de soja e trigo, por exemplo.

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A Conferência do Clima das Nações Unidas (COP22) no Marrocos teve início no dia 07 de novembro e segue até o dia 18. O ministro Blairo Maggi, de acordo com o Mapa, irá participar no dia 17 do painel "O papel do Brasil, da agricultura e da silvicultura no Acordo de Paris".

Recentemente na reunião do Conselho Agropecuário do Sul (CAS), onde encontraram-se ministros da Agricultura do Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai, Blairo Maggi aconselhou os ministros a se unirem e cobrar a preferência de seus produtos no mercado global de alimento como forma de recompensa por ações ambientais.

Tal "recompensa" será um dos pontos a serem cobrados pelo Brasil durante a COP 22, como pontua o assessor especial do Mapa para Desenvolvimento e Sustentabilidade, João Campari. "Queremos ser compensados de alguma forma por todos esses cuidados que são compartilhados com o bem-estar da população dos demais povos. Temos aqui leis muito severas para o uso da terra, mais do que em qualquer outro país", frisa João Campari.

Pecuária

A pecuária também será um ponto abordado pelo ministro Blairo Maggi no que tange a estudos que apontam o gado como um dos "grandes" poluidores da atmosfera.

Como o Agro Olhar comentou recentemente, a carne, desde a criação do animal até a sua chegada à mesa do consumidor, segundo especialistas, é responsável por 65% das emissões de gases de efeito estufa dentro do setor agropecuário, visto a “ineficiência” do sistema produtivo e do Brasil contar com o maior rebanho comercial de aproximadamente 215 milhões de cabeças, sendo quase 30 milhões apenas em Mato Grosso.

O setor agropecuário é responsável por 69% das emissões de gases do efeito estufa, de acordo com estudo do Sistema de Estimativa de Emissão de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do Observatório do Clima, rede esta que reúne 40 organizações da sociedade civil. Nesta conta do estudo estão inclusos poluentes decorrentes do processo digestivo e dejetos de rebanho, o uso de fertilizantes e o desmatamento (43% das emissões nacionais).

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