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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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puxão de orelha

Coreia deve comprar mais do Brasil e não só vender, afirma Maggi em Seul

Foto: Divulgação/Mapa

Coreia deve comprar mais do Brasil e não só vender, afirma Maggi em Seul
Como que com um "puxão de orelha", o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, declarou para mais de 100 empresários em Seul, na Coreia do Sul, que o país asiático tem de comprar mais do Brasil e não apenas vender carros e televisores. O ministro, que acompanha o presidente Michel Temer na Ásia em busca de novos mercados, pontuou ainda entender o comércio internacional como uma via de mão dupla.

Seul é uma das rotas da Missão Ministerial e Empresarial na Ásia, iniciada no final de agosto. A previsão é que o grupo formado por Maggi e representantes do Ministério fiquem no continente até o dia 25 de setembro.

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As negociações entre Brasil e Coreia do Sul para a venda de carne suína entraram em reta final, segundo informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O Brasil quer ainda iniciar as conversar para a abertura de portos para a carne bovina.

"Tenho carros da Hyundai, TV Samsung, sou um típico consumidor de produtos coreanos. Nós queremos ampliar o comércio com a Coreia. Mas, para isso, é preciso que, em contrapartida o país aumente a compra de produtos brasileiros", declarou Blairo Maggi durante palestra para mais de 100 empresários coreanos e brasileiros em Seul.

Entre os empresários coreanos que participaram da palestra com Maggi estava o presidente da Associação dos Importadores da Coreia (Koima), Myoung Jin Shin, considerada uma poderosa entidade. Já do lado brasileiro representantes de grande empresas, como a Marfrig, que possui uma planta de beneficiamento de carnes nos arredores de Seul, e a BRF, que tradicionalmente exportam para a Ásia.

Conforme Blairo Maggi, o "Brasil sairá rapidamente da crise se ampliarmos nossas exportações e queremos priorizar o mercado asiático onde está 51% da população mundial".

Durante sua palestra, Maggi mostrou aos coreanos que o Brasil pratica uma agricultura sustentável e que 61% do território nacional está conservado.

"Nosso país tem um estoque de 115 milhões de hectares de terras férteis, a maior reserva mundial de áreas agricultáveis, o que nos dá um imenso diferencial. Esta é uma viagem para plantar. Precisamos preparar o terreno, semear, rezar para chover e depois colher. Nada se colhe de um dia para o outro", pontuou o ministro da Agricultura.

O embaixador do Brasil na Coreia do Sul, Luiz Fernando Serra, destacou que o comércio entre os dois países caiu de US$ 15 bilhões para US$ 5 bilhões por ano. Ele explica que a queda ocorreu visto a Coreia ter deixado de privilegiar a parceria com o Brasil, dificultando desta forma a entrada de produtos, principalmente de carnes.
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