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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Pipoca Gourmet produzida em Primavera do Leste leva milho de Mato Grosso

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Pipocas goumert My Happy Pop levam milho de Mato Grosso (sabor salgado) e dos Estados Unidos (doces)

Pipocas goumert My Happy Pop levam milho de Mato Grosso (sabor salgado) e dos Estados Unidos (doces)

Uma paixão somada a uma aptidão, o empreendedorismo, foram os dois pontos que levaram a criação das pipocas gourmet "My Happy Pop". Fabricadas em Primavera do Leste, as pipocas doce levam milho importado dos Estados Unidos, enquanto a salgada carrega o DNA do cereal produzido em Mato Grosso. Os riscos da recessão econômica do Brasil não foram um empecilho para o surgimento, em apenas 10 meses, de seis sabores de pipoca que agradecem o paladar do brasileiro.

O valor investido no My Happy Pop não foi revelado pela idealizadora Gisele Barco de Matos, de 33 anos. Para ela o maior investimento empreendido nas pipocas gourmet foi o da realização de um sonho.

A ideia de fabricar pipocas gourmet surgiu em fevereiro de 2015, momento em que os índices econômicos começaram a ser revelados e a realidade pela qual o país passava veio à tona. "A situação me assustou, mas existem oportunidade que nós enxergamos e que não podemos esperar o cenário estar perfeito para dar o start no negócio", comenta Gisele ao Agro Olhar.

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O gosto pela pipoca deu à Gisele a visão de uma oportunidade de negócio. Ela revela sempre ter tido contato com esse tipo de pipoca em viagens aos Estados Unidos e quem sempre que ia para o país norte-americano trazia na mala encomendas para os amigos ou solicitava quando eram estes que viajavam.

"No inicio do ano passado em fevereiro surgiu à ideia de empreender, de olhar isso com um olhar econômico, com um olhar de transformar um gosto em algo rentável. Só que eu não fazia ideia de como se produzia essa pipoca", frisa a empreendedora, lembrando ter conseguido primeiro o contato das importadoras das máquinas.

Vinda de família de empreendedores, Gisele é a primeira a seguir no ramo gastronômico. Após muita pesquisa e investimento em consultoria, tanto no Brasil como fora, conseguiu chegar a uma fórmula de pipoca que agradasse a todos. "Por mais que o produto fosse norte-americano, nós tínhamos que fazer algumas adaptações para o paladar brasileiro, pois o produto norte-americano ele é mais carregado. Nos Estados Unidos eles gostam mais do doce e nós temos um paladar um pouco mais suave e temos que pensar no gosto do nosso publico".

Entre o surgimento da ideia e colocar o produto no mercado em Primavera do Leste e Cuiabá foram 10 meses. "Chegando às máquinas começamos a fazer os testes. Para a pipoca doce usamos um milho importado dos Estados Unidos, pois o cereal ao qual estamos acostumados no Brasil, e que produzimos em Mato Grosso, ele se quebra ao colocar na máquina, pois quando ele estoura se abre como uma borboleta e suas abinhas quebram, ao contrário do milho dos Estados Unidos que estoura como um cogumelo", explica.

Com o milho dos Estados Unidos são produzidos os sabores doces de Churros, Chocolate Trufado, Geléia de Pimenta, Paçoca Crocante e Caramelo com Flor de Sal. O único sabor salgado é o Lemon Peper. "Na salgada nós usamos o milho nacional, pois apelamos para uma memória efetiva. Nesse caso o milho vem de Mato Grosso da região de Sinop e Sorriso e Primavera do Leste. Em Primavera do Leste nos temos um beneficiador de milho que ele exporta para a Europa".

De Primavera do Leste para o Brasil

A escolha de abrir a fábrica da My Happy Pop em Primavera do Leste decorreu por Gisele morar na cidade. Ela ressalta que desta forma consegue ter um melhor controle do processo de fabricação.

Hoje, as pipocas gourmets My Happy Pop estão em diversos pontos de vendas de Primavera do Leste e em Cuiabá. Na Capital Mato-grossense é possível encontrar quiosques em dois shoppings.

Questionada sobre expansão da marca para fora de Mato Grosso, Gisele revela já haver interesses de pessoas de outros Estados para abrirem franquias da My Happy Pop, contudo "primeiro temos que fazer o nosso o quintal bem feito". "Nós recebemos contatos com frequência de pessoas interessadas em franquia. Há esse interesse. As pessoas que olham para a marca acreditam que já é uma franquia. É até curioso e deixa a gente satisfeito, porque tivemos um cuidado mesmo com o layout e apresentação. Os quiosques foram desenvolvidos por uma equipe de cenografia de São Paulo. A parte de embalagem ficou muito bacana, porque nos Estados Unidos há o hábito de se presentear com esse tipo de pipoca. Então, a gente quis que nosso produto sugerisse isso também e vem acontecendo.No final do ano muitas pessoas passaram no quiosque e compravam a lata para substituir o panetone. É uma opção diferente de presente, sofisticado".
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