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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Notícias | Ecologia

Unemat e Amazônia: utilização, modificação e criação de sistemas sustentáveis

Não é de hoje que o desenvolvimento sustentável é discutido pelo mundo afora. A destruição de grande parte das florestas e da vegetação menor, comprometendo a fauna e a flora de diversos países, não deixou o Brasil de fora.

Tamanha interferência do homem na natureza fez com que estratégias de integração entre economia, sociedade e meio ambiente fossem repensadas. Agora, o objetivo a ser alcançado é uma maior produção, mais eficiência e diversificação no mesmo espaço e manejo de recursos, solo e água de maneira sustentável.

O Programa de Pós-graduação em Biodiversidade e Agroecossistemas Amazônicos [PPGBioAgro] da
Universidade do Estado de Mato Grosso [Unemat], campus de Alta Floresta, vem somar a essas novas ações, com a formação de profissionais capazes de aprimorar e adaptar tecnologias para o sistema produtivo e uso racional dos recursos naturais, por meio de pesquisas que abranjam o social, econômico e ambiental.

Para o coordenador do Programa, o professor do Departamento de Agronomia,
Marco Antônio Camillo de Carvalho, “um curso de pós-graduação que atenda o binômio desenvolvimento e sustentabilidade, fator primordial para um planejamento racional dos recursos naturais, apresenta-se como uma estratégia importante, visto que formará pesquisadores aptos a promover ações de conservação e uso da biodiversidade”.

A Amazônia, região em que se concentram as pesquisas, tem como atividades predominantes a pecuária, a agricultura e o extrativismo vegetal. Realizadas, em sua maioria, de forma exploratória, as ações já comprometeram aproximadamente 15% de toda a floresta, segundo estudos divulgados pelo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE]. Isso comprova a carência em desenvolver modelos de exploração sustentável e estudos sobre a diversidade biológica local, suprindo a falta de conhecimento botânico regional.

“Para o PPGBioAgro, o foco do conhecimento está na capacidade de pesquisar, identificar e resolver problemas, preocupando-se com a atualização permanente do conhecimento. Um profissional formado com essa visão deve conhecer os recursos naturais regionais e suas potencialidades, estar capacitado para a tomada de decisões, com a finalidade de utilizar, modificar ou criar sistemas sustentáveis, considerando a conservação da biodiversidade e valorizando produtos regionais. Além disso, deve trabalhar com lavouras comerciais de maneira a explorar, sem degradar o meio”, ressalta o docente.

Os projetos de pesquisa que se destacam dentro do Programa de Pós-graduação são: a persistência de herbicidas aplicados ao solo; produção de forrageiras [máquinas que cortam, trituram e moem capim, semente, entre outros] com insumos orgânicos e regionais; conhecimento sobre a anatomia e fisiologia de plantas da flora local; controle alternativo de doenças de plantas; composição florística de áreas ainda não estudadas; e a dinâmica da produção de hortaliças na região.

A aprovação do Mestrado do PPBioAgro ocorreu no ano de 2011 pelo Conselho Técnico-Científico da Educação Superior [CTC-ES], mas as atividades começaram em 2012. Dividido em duas linhas de pesquisa, engloba os temas

Diversidade Biológica e Agroecossistemas Amazônicos. A motivação para criação do curso surgiu da “alta demanda de profissionais qualificados em atuar na pesquisa, ensino e extensão na região norte mato-grossense e também devido às características geográficas, ambientais e produtivas da região Amazônica”, explica Marco Carvalho. Hoje, o Programa já conta com 17 dissertações defendidas e aprovadas. http://www.revistafapematciencia.org/noticias/noticia.asp?id=716
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