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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Mato Grosso tem 12% da população no campo analfabeta; Setor produtivo visa mudar situação

Foto: Lucas Brandão Lopes/Mercatto

Mato Grosso tem 12% da população no campo analfabeta; Setor produtivo visa mudar situação
Mato Grosso tem no campo 12% de sua população formada por pessoas analfabetas, que muitas vezes acabam tendo dificuldades não só no mercado de trabalho, mas também para se qualificar até mesmo para controlar uma máquina agrícola. Segundo especialistas, a educação é um fator crucial para o desenvolvimento econômico do Estado e, principalmente, do Brasil.

A educação, em especial, no campo em Mato Grosso, bem como seu papel diante a economia, foi abordado nesta terça-feira (14) em Cuiabá pelo Sistema Famato/Senar através do “Cresce MT”, que contou com palestras de profissionais de renome como o filosofo Mário Sérgio Cortella, o economista e jornalista Ricardo Amorim e o agrônomo Xico Graziano.

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“A educação permeia para todas as áreas, inclusive o agronegócio que demanda qualificação. Acreditamos que a partir da educação pode-se melhorar o desenvolvimento de Mato Grosso”, comentou o presidente do Sistema Famato/Senar, Rui Prado. Segundo ele, é preciso de conhecimento “neste momento impar da economia nacional”.

No Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Mato Grosso (Senar-MT) cerca de 200 treinamentos são ofertados. Em 23 anos de atuação no Estado o Senar-MT já qualificou aproximadamente 700 mil pessoas e a meta, revela Rui Prado, é atingir 1 milhão de mato-grossense capacitados.

“Estamos colocando o setor rural à disposição para auxiliar na educação. Entendemos que o setor privado também deve pegar para si a educação e não apenas o setor público”, pontua Rui Prado.

Conforme o governador de Mato Grosso, Pedro Taques , a educação não é importante apenas para melhorar a vida da pessoa, mas também se insere no contexto econômico de seu município e Estado. Taques ressaltou que está se buscando tirar de Mato Grosso o título de “segundo pior” desempenho no ensino médio do Brasil. “Estamos trabalhando uma padronização nas escolas estaduais”, frisa o governador.

Gabriela Soares é diretora de uma escola estadual em Matupá e levou 12 horas para chegar à Cuiabá para participar da primeira edição do Cresce MT. “É um projeto grandioso este que estamos vendo por parte do setor rural. A educação precisa de incentivos como este. Hoje, recebemos no ensino médio alunos analfabetos”, comentou ela.

Coréia do Sul corrigiu e investiu

De acordo com o presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), João Martins da Silva, a Coréia do Sul há 50 anos atrás possuía a economia que o Brasil tem hoje. “Se a Coréia do Sul é a potência que é hoje, é porque ela corrigiu o que precisava e investiu. Enquanto, o Brasil for um país de distorções dificilmente será um país como se espera”.

O presidente da CNA comenta que o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) tem investido na capacitação do campo. “Mas, é preciso investir, também na educação. A ausência da educação atrapalha aqueles que buscam uma qualificação/capacitação”.
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