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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Leilão de fazenda de R$ 395 milhões da massa falida Boi Gordo termina sem lance

Não houve lance nas terras avaliadas em R$ 395 milhões. As duas áreas ficam na região Oeste de Mato Grosso e são de propriedade da massa falida das Fazendas Reunidas Boi Gordo

Foto: Imagem ilustrativa

Leilão de fazenda de R$ 395 milhões da massa falida Boi Gordo termina sem lance
O leilão das fazendas Realeza do Guaporé I e II, situadas em Comodoro (656 km a Oeste de Cuiabá), realizado nesta segunda-feira (15), restou infrutífero, já que não houve lance nas terras avaliadas em R$ 395 milhões. As duas áreas são de propriedade da massa falida das Fazendas Reunidas Boi Gordo e estão destinadas à quitação de dívidas.

Segundo o síndico da massa falida e advogado nomeado pela Justiça para conduzir o processo de falência, Gustavo Henrique Sauer de Arruda Pinto, a ausência de lance pode ter sido uma estratégia dos investidores. “É um jogo de forças [Para baixar o preço em leilão futuro]. Mas nenhuma das 11 propriedades já leiloadas foi vendida abaixo do valor de mercado”, disse, à Folha de S.Paulo.

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As fazendas Realeza do Guaporé I e II são as mais valiosas da massa falida e os mais de 30 mil credores aguardam o arremate para poder receber os valores investidos. A lei determina que sejam pagos primeiro os créditos trabalhistas, depois, os fiscais. O restante é rateado entre os investidores.

A Boi Gordo afundou há dez anos, com dívidas de R$ 2,2 bilhões – em valores da época. O pagamento de parte dos credores trabalhistas foi feito no primeiro semestre de 2014 e dos demais credores após os próximos leilões.

A fraude

A empresa oferecia aos investidores contratos que prometiam retorno de 42% em 18 meses. Os ganhos viriam tanto da engorda do boi para abate, quanto do crescimento de bezerros. Mais tarde descobriu-se que a empresa funcionava como uma pirâmide, pagando os contratos vencidos com o dinheiro da entrada de novos investidores. Os rendimentos oferecidos não refletiam o lucro com a atividade pecuária. Quando os saques superaram os investimentos, a pirâmide desmoronou.

A notícia de que o negócio não estava bem se espalhou e milhares de clientes resgataram o dinheiro. Outros ficaram no prejuízo.
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