Cerca de 100 pessoas ocuparam uma das faixas da via em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, para protestar contra a decisão da Justiça Federal de desocupar a gleba Suiá Missú, no nordeste de Mato Grosso. Os manifestantes estão praticamente acampados na Praça dos Três Poderes, que fica entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e a sede do Executivo Federal.
O trânsito precisou ser parcialmente interrompido. Durante o protesto, mulheres da Associação de Produtores Rurais de Suiá Missú ajoelharam-se e choraram.
A desocupação da área foi determinada pela Justiça depois que o Ministério da Justiça publicou, por intermédio da Fundação Nacional do Índio (Funai), a portaria demarcando a área para criação de uma reserva xavante.
No final de outubro, tropas do Batalhão de Engenharia do Exército construíram estruturas no local para garantir a entrega da área aos indígenas. A terra é alvo de disputas entre produtores rurais e índios há aproximadamente duas décadas. A decisão da retirada dos não indígenas foi dada pelo STF em meados de outubro.
Na semana passada, em audiência com o presidente do STF, ministro Carlos Ayres Britto, representantes das famílias fizeram um apelo emocionado ao magistrado para evitar o despejo. Do lado de fora do STF, as mesmas mulheres que protestaram nesta manhã também entoaram cânticos.
Os apelos, ao que parece, não sensibilizaram o presidente do Supremo, que se aposenta no dia 14 de novembro, pois ele manteve a decisão de promover a desocupação da área em favor da Funai.
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