Olhar Agro & Negócios

Sexta-feira, 29 de março de 2024

Notícias | Capacitação

Projeto da Embrapa melhora a qualidade dos produtos e a saúde do agricultor

Um projeto da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) pretende melhorar a qualidade dos produtos e a saúde do agricultor. Pensando nisso, foram desenvolvidos equipamentos que mudaram a rotina de trabalho em propriedades do Distrito Federal. Agora, o percurso feito na lavoura será cinco vezes menor.

Para facilitar o transporte das hortaliças, um carrinho de mão com largura aproximada de 50cm e comprimento de 120 cm, batizado de Transportador de Embalagens, foi feito de metal dobrável e ocupa pouco espaço. O equipamento faz parte do kit desenvolvido pela Embrapa Hortaliças, para reduzir as perdas no pós-colheita, já que grande parte dos danos está relacionada ao tempo de exposição ao sol e ao manuseio excessivo dos produtos. Ele pode levar entre seis e doze caixas, dependendo do modelo da embalagem, e apresenta um sistema em que as hastes têm largura com possibilidade de ajustes a diferentes tamanhos de caixas

– A gente colhia em caixa uma por uma, agora, coloca seis unidades no carrinho – conta o produtor de hortaliças, Antônio de Carvalho.

O segundo equipamento é uma mesa de madeira de fácil montagem. É um grupo de quatro caixas, desenvolvido para possibilitar a comercialização da maioria das hortaliças e frutas. As caixas possuem cantos arredondados e a superfície interna lisa, para evitar danos mecânicos e perdas após a colheita. E a mesa ainda é regulável e pode se adaptar à altura de qualquer pessoa.

– O trabalhador consegue ficar numa posição mais saudável em pé, ou sentado. Como a mesa é regulável, consigo inclinar a mesa, de modo que não é preciso muitos movimentos para alcançar o fruto que está mais longe. Assim, é possível trabalhar com uma postura melhor – diz a pesquisadora e coordenadora do projeto da Embrapa, Milza Moreira Lana.

O terceiro equipamento é uma estrutura de metal e plástico, para ser instalada ao lado da lavoura, que serve para proteger tanto as hortaliças, quanto o próprio agricultor do sol ou da chuva.

– Quando não tinha essa barraca, a gente classificava ao lado, sol, chuva, muitas vezes tinha que carregar o caminhão abaixo de chuva e a mercadoria ia encharcada de água. Para nós, foi um avanço – diz Carvalho.

Os equipamentos foram usados nos últimos dois anos, em 13 propriedades do Distrito Federal e entorno. Nesse período, sofreram ajustes e agora estão prontos para serem copiados. Para tê-los, o produtor precisa investir, em média, R$ 1 mil.

– No primeiro equipamento, pensamos uma maneira para aumentar o rendimento do trabalho, porque elimino algumas etapas, operações repetitivas, faço o fluxo de trabalho ser mais direto e eficiente. O segundo, a saúde do trabalhador, para conseguir uma estrutura em que esse trabalhador tenha condições melhores, em relação à postura, carregamento de peso e exposição ao sol. Já para o terceiro, a qualidade da hortaliça, um fluxo de trabalho que manipule menos o produto e faça ele ter uma durabilidade maior – conclui Milza.
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