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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Pacote tecnológico reduz impacto ambiental da soja, mostra estudo

A aplicação de tecnologias como o preparo do solo, a fertilização química e orgânica, a utilização correta de defensivos agrícolas, as sementes geneticamente modificadas (transgênicas) estão permitindo que os países do Cone Sul reduzam o impacto ambiental do cultivo de soja.

Esta é uma das principais conclusões do estudo comparativo sobre o cultivo de soja geneticamente modificada e convencional na Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, publicado nesta quinta-feira (1) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina (MAGP, na sigla em espanhol) e pelo Instituto Americano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

O relatório foi apresentado aos ministros da agricultura dos quatro países durante a reunião do Conselho Agropecuário do Sul (CAS), realizada em Punta del Este, Uruguai, na última semana. As nações incluídas no estudo fornecem quase 50% da produção mundial de soja.

O sucesso do Cone Sul na produção e exportação de soja, conclui o estudo, também está relacionada à adoção do pacote tecnológico que vai desde o preparo do solo até a colheita. O estudo ressalta que os resultados ambientais e econômicos positivos dessas tecnologias decorrem do fato de elas estarem combinadas a “um marco claro para biossegurança e à decisão dos produtores de aproveitar técnicas inovadoras”.

De acordo com o estudo, o plantio direto, a nutrição química e biológica, os biocidas e o uso de variedades de soja transgênicas conformam um pacote tecnológico que gera impactos ambientais positivos, em comparação com a soja convencional.

“Para obtermos rendimentos atuais, o cultivo de soja convencional requer maior superfície e trabalho do solo que o cultivo de soja geneticamente modificada. Também produz mais poluição da água, ar e solos devido ao uso de vários produtos químicos e gera uma maior contribuição para a emissão de gases de efeito estufa”, conclui o estudo.

“A introdução da semente de soja GM revolucionou a agricultura nos quatro países, para maior facilidade de manejo agronômico, controle de plantas daninhas e redução dos custos de produção”, diz o relatório, acrescentando que a diferença econômica entre os custos diretos do cultivo de sementes transgênicas e convencionais é de 15% em favor do uso do pacote de tecnologia descrita.

Entre as vantagens desse pacote tecnológico, a publicação destaca o plantio direto, que minimiza a erosão do solo, e a adubação química, que pode recuperar áreas degradadas. Em 2011, na Argentina, no Brasil, Paraguai e Uruguai foram plantados mais de 40 milhões de hectares com a leguminosa. Em 1976, a região plantou 1,37 milhões de hectares.

A coordenação técnica do estudo é assinada pelo Diretor Geral do IICA, Victor Villalobos, e pelo coordenador do Instituto de Biotecnologia e Biossegurança do Instituto, Pedro Rocha.
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