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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Cepea e Faerj lançam PIB do Agronegócio do Rio de Janeiro

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada acaba de concluir o cálculo do Produto Interno Bruto do Agronegócio do estado do Rio de Janeiro. O ano-base é 2008, e a construção da matriz leva em conta dados do governo fluminense (Emater-RJ e Pesagro-RJ) e também do IBGE.

A demanda para o estudo, que constitui instrumento para políticas do estado, partiu da Federação da Agricultura Pecuária e Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Faerj) em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio de Janeiro (Sebrae-RJ), que se firmam como parceiros do Cepea nesta pesquisa.

Estruturada a “fotografia” do agronegócio em 2008, pesquisadores do Cepea devem, agora, calcular o PIB do Agronegócio do Rio Janeiro para os anos seguintes. A partir de então, a perspectiva é que o agronegócio estadual passe a ser acompanhado sistematicamente, a exemplo do PIB do Agronegócio de Minas Gerais e do Brasil.

RESULTADOS INICIAIS – A soma das riquezas geradas pelos segmentos de insumos, primário (“dentro da porteira”), de processamento e distribuição do agronegócio fluminense foi, em 2008, cerca de R$ 12,2 bilhões, o que teria representado 3,4% da economia do estado. Essa participação é bem maior que o 0,4% até então estimado para o setor.

Conforme os cálculos do Cepea, em 2008, o agronegócio do Rio de Janeiro representou aproximadamente 4% do PIB geral do Brasil – o agronegócio de todo o País participou com 24%. Os segmentos da indústria que processa matéria-prima e de distribuição geraram 46% e 38% da renda do agronegócio fluminense, respectivamente. Quando se analisam os setores agrícola e pecuário, a agricultura apresenta larga vantagem, contribuindo com cerca de 84% da renda do agronegócio do estado.

No segmento primário, mais da metade da renda é gerada pelas olerícolas (51%); na sequência, destacam-se a fruticultura, com 17% da renda, e a cana-de-açúcar, com 15%. Na pecuária, a origem da renda é mais dividida. A pecuária de corte proporciona 30% da renda total gerada pelo segmento primário deste setor; leite contribui com 25% e pesca e aqüicultura, 22%.

Conforme pesquisadores do Cepea destacam, o agronegócio do Rio de Janeiro é grande importador liquido de produtos agropecuários primários e processados, mas as exportações do agronegócio do estado também têm crescido a largos passos. De 2000 a 2011, o aumento médio foi de 7,5% ao ano. Essas vendas são puxadas, em especial, por produtos florestais e da pecuária de corte.

RURAL & URBANO – As análises do Cepea evidenciam também que a população rural do Rio de Janeiro é bem menor que a média brasileira, correspondendo a cerca de um quinto da média nacional. A renda per capita do estado está 30% acima da média do País, porém, a renda da população rural fluminense corresponde a apenas 49% da renda do próprio estado. Essa proporção é bem próxima dos 48% observados para o Brasil como um todo – ou seja, a renda média do brasileiro do campo é de 48% da renda per capita nacional.

É preciso destacar que a pobreza rural no Rio de Janeiro caiu mais rapidamente que em outros estados do Sudeste. Enquanto o Brasil estava na marca de 32% em 2009, o RJ registrava apenas 10% de sua população rural em condição de pobreza (renda familiar mensal per capita até R$ 132,00).

Outro indicador positivo para o estado é que 54% de sua população rural estão nas classes A, B e C, contra 38% da média rural brasileira.
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