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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Pacote tecnológico aplicado ao cultivo de soja gera benefício ao Cone Sul

O Ministério de Agricultura argentino e o IICA publicam, no marco da GCARD2, um estudo comparativo entre as vantagens dos cultivos de soja geneticamente modificada e convencional Punta del Este, Uruguai - A aplicação de tecnologias como o preparo do solo e nutrição química e biológica, a utilização adequada de biocidas (herbicidas, inseticidas e fungicidas) e o uso de sementes geneticamente modificadas (GM), combinadas com um marco claro para biossegurança e à decisão dos produtores de aproveitar técnicas inovadoras, está permitindo que os países do Cone Sul reduzam o impacto ambiental do cultivo de soja e torná-lo em seu principal produto de exportação agrícola.

Esta é uma das principais conclusões do estudo comparativo sobre o cultivo de soja geneticamente modificada e convencional na Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, que acaba de ser publicado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina (MAGP) e pelo Instituto Americano de cooperação para a Agricultura (IICA).

O relatório foi apresentado aos ministros da agricultura destes países durante a reunião do Conselho Agropecuário do Sul (CAS), realizada em Punta del Este, Uruguai, na última semana. As nações incluídas no estudo fornecem quase 50% da produção mundial de soja.

Tal reunião do CAS aconteceu paralelamente à Segunda Conferência Mundial sobre a Pesquisa Agrícola para o Desenvolvimento (GCARD2), que conta com a participação de uma delegação de especialistas em inovação do IICA, liderada pelo seu Diretor Geral, Victor M. Villalobos.

De acordo com o estudo, o plantio direto, a nutrição química e biológica, os biocidas e o uso de variedades de soja transgênicas conformam um pacote tecnológico que gera impactos ambientais positivos, em comparação com a soja convencional.

"Para obtermos rendimentos atuais, o cultivo de soja convencional requer maior superfície e trabalho do solo que o cultivo de soja GM. Também produz mais poluição da água, ar e solos devido ao uso de vários produtos químicos e gera uma maior contribuição para a emissão de gases de efeito estufa”, conclui o estudo.

Em 2011, na Argentina, no Brasil, Paraguai e Uruguai foram plantados mais de 40 milhões de hectares com a leguminosa, enquanto que em 1976, quando pela primeira vez se plantou, foram 1,37 milhões de hectares.

"A introdução da semente de soja GM revolucionou a agricultura nos quatro países, para maior facilidade de manejo agronômico, controle de plantas daninhas e redução dos custos de produção", diz o relatório, acrescentando que a diferença econômica entre os custos diretos do cultivo de sementes transgênicas e convencionais é de 15% em favor do uso do pacote de tecnologia descrita.

Algumas vantagens deste pacote, marcado pela publicação do MAGP e do IICA são de que o plantio direto minimiza a erosão dos solos, enquanto a nutrição das plantas (com base em adubação química) pode recuperar áreas degradadas. Além disso, o uso de bactérias fixadoras de nitrogênio ajuda a reduzir a fertilização com este material, responsáveis ??pela emissão de óxido nitroso, o principal gás de estufa.

A coordenação técnica do estudo é assinada pelo Diretor Geral do IICA e pelo coordenador do Instituto de Biotecnologia e biossegurança do Instituto, Pedro Rocha.

Um desafio identificado pela pesquisa é o de manter os benefícios do pacote tecnológico aplicado à soja nos países do Cone Sul, por meio de práticas agrícolas otimizadas e de novas tecnologias, a fim de garantir a segurança alimentar no contexto do crescimento da população, da necessidade de conservação do meio ambiente e das mudanças climáticas.
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