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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Flexibilização da vacinação não afetará reconhecimento de Zona Livre de Aftosa

O diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Marques, disse que a flexibilização da segunda etapa da vacinação de bovinos e bubalinos contra febre aftosa nos estados nordestinos com municípios em situação de emergência devido à seca não afetará o processo de reconhecimento da região como zona livre da febre aftosa com vacinação em 2013.

“O Mapa tem uma atenção especial em relação aos estados do Nordeste, com repasse de recurso, convênios, apoio técnico, para fortalecer os serviços veterinários da região e ajudar o Brasil alcançar o status de país livre de febre aftosa, o que era utópico alguns anos atrás”, ressaltou o diretor durante entrevista coletiva. O Mapa realiza estudos com 60 mil amostras de sangue de animais para comprovar a imunização dos animais nos estados do Nordeste. Atualmente na região, só os estados de Sergipe e Bahia são considerados livres de aftosa com vacinação.

Devido à estiagem histórica que assola a pecuária na Região Nordeste, o Ministério da Agricultura flexibilizou o calendário de vacinação contra febre aftosa nos estados com municípios em situação de emergência devido à seca. De forma excepcional, o Departamento de Saúde Animal (DSA) prevê, para esses municípios nordestinos, a prorrogação da vacinação por até 30 dias, de acordo com a necessidade, ou a suspensão temporária da aplicação da vacina, ficando os Serviços Veterinários Oficiais (SVOs) obrigados a enviarem nova análise da situação para apreciação do DSA até 15 de janeiro de 2013.

O coordenador de Febre Aftosa, Plínio Lopes, explicou que a medida tomada pelo Mapa visa à proteção do rebanho, considerando as condições epidemiológicas, informações da seca, seus efeitos sobre os rebanhos e risco de comprometimento dos índices vacinais nesta segunda etapa da vacinação. “A vacina não gera risco ao animal. A questão é que os animais acometidos pela seca estão debilitados e o manejo deles para a vacinação pode imputar algumas perdas que nós não queremos agregar aos efeitos que a seca já está causando para os rebanhos da região”, salientou. Além disso, a imunização pode não ser completa com o animal debilitado pela seca.

Ele ainda ressaltou que a medida não causa risco de surgimento da doença na região. “A flexibilização é técnica e legalmente amparada e não oferece risco. A última ocorrência de febre aftosa na região foi há quase dez anos. Outra questão é que a última vacinação em cinco estados do Nordeste foi realizada em junho, em função do inquérito soroepidemiológico. Então nós temos ainda uma proteção imunitária por algum tempo, principalmente nos animais jovens, que são os mais suscetíveis”, disse o coordenador.
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