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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Rabobank: baixa oferta global de carne bovina suportará preços da carne suína em 2013

O Rabobank deixou em seu último relatório, expectativa de que os preços globais da carne suína permanecerão sob pressão na primeira parte do quarto trimestre deste ano, seguida por uma recuperação nos preços no final do ano e começo de 2013. Essa recuperação começará quando a oferta aumentar por causa do alto abate e redução do rebanho induzido pelo alto preço dos grãos.

Os preços globais da carne suína deverão permanecer fortes em 2013, direcionados por cortes na produção causados pelo maior custo dos alimentos para animais e maior custo relacionado ao bem-estar animal na Europa. Como sempre, as importações da China continuam sendo uma dúvida, mas com a recente expansão do rebanho (apesar da baixa lucratividade) e com as características ambientais, o Rabobank não espera atualmente um amplo aumento nas importações em curto prazo.

As consequências da pior seca nos Estados Unidos em quase um século foram maiores devido às secas na América do Sul e Rússia. Isso resultará em proporções historicamente baixas de estoque para colheitas de alimentos para animais e altos custos por pelo menos nos próximos 12 meses. A demanda por grãos será dividida entre produtores de biocombustíveis e indústrias de proteína animal, incluindo a indústria de carne suína. Uma continuação na escassa oferta global de carne bovina também fornecerá uma proteção de preços para a carne suína.

Pode-se dizer que o setor global de carne suína está passando por um dos anos mais turbulentos da história, com movimentos contrastantes de preços entre as regiões produtoras globalmente. Por exemplo, no final do terceiro trimestre, os preços tiveram grande queda nos Estados Unidos, Canadá e Coreia do Sul devido à combinação de uma oferta relativamente grande (sazonal) após um verão muito quente e começo de aumento dos abates visando limitar as perdas dos produtores de suínos como resultado do alto custo da ração aniaml.

Em contraste, os preços fortaleceram no Brasil e na União Europeia (UE). No Brasil, os preços aumentaram devido à redução na oferta após a liquidação do rebanho, combinado com sazonalidade normal. Na UE, a baixa lucratividade nos últimos anos, combinada com novas regulamentações proibindo gaiolas de gestação – efetivas em 1o de janeiro de 2013 – direcionaram forte abate, com a população de animais caindo 3,9%. Além disso, a demanda de exportação do Brasil e da UE permanece forte, por causa do valor relativamente baixo de suas respectivas moedas.

Consequentemente, o índice de preços de suínos em cinco nações levantadas pelo Rabobank declinou em setembro, após aumentar desde maio. Além disso, as exportações de carne suína norte-americana sofreram pressão contrária pela força relativa do dólar dos Estados Unidos e do dólar canadense comparado com as moedas de outras nações exportadoras de carne suína, mas as exportações permaneceram fortes em julho.
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