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Para ser um Engenheiro Agrônomo

Por João Dias

A vida é feita de escolhas. Escolher ser um Engenheiro Agrônomo é mergulhar em um labirinto cheio de alternativas que, exigem do profissional a opção da qual agronomia levará à sua estabilidade financeira e a felicidade. Não se trata de meras decisões, de escolhas teóricas, é preciso reflexões e de atitudes colocadas em práticas, pois estão diante de atribuições profissionais holísticas e muito ecléticas.

Com a produção de alimentos em todas as escalas em nosso país, exige-se do Engenheiro Agrônomo mais ousadia, atualização com as novas ferramentas, pois independente do porte da empresa, quer seja agricultura familiar ou de alta tecnologia, o Engenheiro Agrônomo deve ser capaz de agregar valor ao negócio proposto. As empresas empregadoras de Engenheiro Agrônomos, na atualidade, não querem mais o profissional apenas com procedências universitárias, elas buscam no profissional um intenso comprometimento e capacidade de realização, uma vez que a inovação, o desempenho e resultado são palavras de ordem em época de acirrada competitividade no mercado interno e externo.

Os maiores obstáculos ao sucesso na carreira do Engenheiro Agrônomo são de ordem comportamental. A camisa xadrez e a botina já não representam mais a marca do Engenheiro Agrônomo. É preciso reciclar, aprimorar seus conhecimentos buscando em fontes alternativas cursos específicos na sua área de atuação e desenvolvendo atitudes proativas e vencedoras.

Com a exigência da mão invisível do consumidor, o mercado cada vez mais buscará ferramentas para rastrear e monitorar as origens dos alimentos, que tecnicamente e, por lei, é obrigatório terem um responsável técnico no processo de produção desses alimentos. No reboque do alimento seguro vêem os demais enquadramentos: social, ambiental e econômico. Tudo sobre a responsabilidade do Engenheiro Agrônomo.

Outro ponto a ser observado é a necessidade da integração do profissional. Uma classe mais corporativa e organizada resulta em mais representatividade diante dos poderes constituídos. Essa integração passa por reflexões na forma de atuação junto às políticas públicas governamentais, sendo estas causadoras de impactos imediato no cotidiano do Engenheiro Agrônomo.

Nesta tela, enxerga-se no sistema CONFEA/CREA/MÚTUA a importância das políticas profissionais na Câmara Especializada em Agronomia e na implementação das ações que deverão ser realizadas para assegurar a legitimidade do exercício profissional, na fiscalização, notificação e atuação dos empreendimentos irregulares.

As entidades de classes são integradas ao sistema CONFEA/CREA/MÚTUA. O Engenheiro Agrônomo atuante deverá buscar apoio constante nas AEA’s para estar sempre nivelado dos acontecimentos, haja vista o grande sombreamento das atribuições profissionais, donde outras profissões buscam assegurar os seus direitos e impedir o exercício do Engenheiro Agrônomo em algumas atribuições, com o propósito de limitar o mercado de abrangência da agronomia.

Engenheiros Agrônomos, vocês existem e são importantes em todos os seguimentos! Vamos inovar a nossa marca e consolidar por vez essa presença na mente da sociedade rural e do consumidor, afinal, segurança alimentar é responsabilidade nossa! O Futuro da agronomia agradece.

*João Dias é engenheiro Agrônomo, presidente da AEAMT e, especialista em Mercado Common Deities Agropecuária pela - USP.
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