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Agora é a vez dos consórcios
Mônica Rossi
Ficamos muito felizes com a notícia de que o consórcio de imóveis registrou um crescimento de incríveis 46% no acumulado de vendas de novas cotas de janeiro a julho, em relação ao mesmo período de 2014. Já quando falamos de veículos leves, o aumento de 20% também é considerável e nos enche de otimismo. Ao todo no Brasil, já são 7,15 milhões de consorciados nas mais diversas modalidades, número que cresceu 5,4% do ano passado até hoje.
Essa notícia reflete bem o momento econômico que estamos vivendo: o brasileiro está “apertando o cinto”, reavaliando os compromissos financeiros e buscando o consumo consciente. E há de se esclarecer que este tipo de consumo prima sempre pela responsabilidade, levando em consideração não só o preço e a qualidade de um produto ou serviço, mas também o impacto que isso terá nas contas e consequentemente nas finanças da família brasileira.
No consórcio, um grupo de pessoas físicas ou jurídicas se autofinanciam para adquirem um bem ou serviço sem a incidência de juros. Quando pensamos no consórcio como um modelo de consumo consciente e responsável é porque adquirir um bem por esta modalidade é também uma forma de se planejar financeiramente. E por que não dizer que é uma forma organizada de poupança?
Vale destacar que os juros dos financiamentos contribuem muito para o endividamento. E, na atual conjuntura econômica, não é difícil ouvirmos falar sobre o aumento dessas taxas. Um exemplo disso é a Caixa Econômica Federal, que a partir de 1º de outubro passa sua taxa de juros para financiamentos de imóveis de 9,45% para 9,90% ao ano.
O motivo é justo: houve um aumento das taxas básicas de juros, no caso da Selic, que atualmente está cotada em 14,25% ao ano. Contudo, essa é a terceira vez que o banco detentor de dois terços de todos os empréstimos para compra de imóveis do país, aumenta este valor em apenas um ano. Esta foi apenas uma das inúmeras restrições à compra de imóveis no país.
Se voltarmos um pouco no tempo, não custa lembrar como o consórcio abriu as portas para que as famílias brasileiras pudessem adquirir um bem sem juros e, consequentemente contribuiu com a economia do país.
O sistema de consórcio foi criado em 1962, nos mesmos moldes do modelo atual: grupos de pessoas com os mesmos interesses querendo adquirir um bem. Começou com o setor de veículos e, inclusive ganhou grande popularidade, atraindo também o interesse das montadoras, que naquela época iniciavam suas atividades no país. Não tenho dúvidas em dizer que os consórcios foram também responsáveis pela viabilização da indústria automobilística no Brasil.
E a história do Consórcio Primo Rossi ABC está atrelada a esse passado, já que a fundação da empresa veio dois anos após a criação dos consórcios. Vittorio Emanuele Primo Rossi, meu pai, acreditou ser possível que trabalhadores assim como ele, pudessem ter acesso a bens e serviços e esse sonho se perpetua há mais de 50 anos, com muita responsabilidade, transparência e compromisso com nossos consorciados.
Já somos mais de 16 mil consorciados espalhados pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. A empresa já entregou mais de 250 mil bens adquiridos pelo sistema de consórcios em 51 anos de existência.
Atualmente, o Consórcio Primo Rossi ABC trabalha com 4 modalidades: carros, imóveis, motos e serviços, que abrangem viagens, cursos de graduação e pós-graduação no Brasil ou no exterior, intercâmbios culturais, cirurgias plásticas e estéticas, tratamentos odontológicos, festas em geral, reformas e decorações, honorários advocatícios, etc.
Honramos o compromisso que temos com a sociedade, que é ampliar o conhecimento das vantagens e facilidades do segmento de consórcios, contribuindo para que mais e mais pessoas possam tomar decisões assertivas na formação de seu patrimônio, com consciência, planejamento e educação financeira, pois acreditamos que grandes mudanças começam pela mudança de atitude e, a maior delas, é contribuir para a conscientização da população, de que o consumo também pode ser equilibrado e racional.
Acredito que o momento que atravessamos na economia é de ajustes. Requer atenção, foco e cautela nas decisões tanto empresarias quanto de nossas famílias. Contudo, são nesses momentos que surgem alternativas vitoriosas, que se apresentam como respostas às demandas de poupança, investimentos e formação de patrimônio. O brasileiro voltou seus olhos para o consórcio e decidiu não paralisar seus projetos e sonhos, mas sim, dar continuidade aos mesmos através de uma escolha racional e econômica, sem pagamento de juros. Escolhem, portanto, o sistema de consorcio.
*Mônica Rossi é economista e presidente do Consórcio Primo Rossi ABC.