Olhar Agro & Negócios

Quinta-feira, 28 de março de 2024

Artigos

Bons sinais no comércio

Divulgação

Em outubro, pelo segundo mês consecutivo, o Índice de Confiança do Comércio, medido pela Fundação Getulio Vargas, evoluiu favoravelmente (de 128,0 para 130,6 pontos), a ponto de a média do trimestre findo nesse mês ter ficado apenas 0,7% abaixo da média do mesmo período do ano anterior.

Mais: a pontuação de agosto/outubro se aproximou da média histórica, de 130,8 pontos, sinal de que o setor entrou no quarto trimestre do ano em ritmo aquecido.

De julho a setembro, a queda fora de 3,1%, na mesma base de comparação.

Diz ainda a FGV que a evolução foi favorável nos cinco principais segmentos pesquisados. No varejo restrito, melhora de -2,3% para -1,1%, e no varejo ampliado, de -3,0% para -1,2% no mesmo período. O segmento de veículos, motos e peças avançou pelo quinta vez seguida, de -2,7% para 0,3%. O de material de construção, de -8,0% para-3,6%. No atacado, de -3,1% para 0,9%.

Houve avanço em 13 dos 17 segmentos pesquisados: em 5 de 9 no varejo restrito, e de 9 em 13 no ampliado (com veículos e material de construção).No atacado, a melhora ocorreu nos quatro segmentos pesquisados.

A maior confiança dos comerciantes ocorre tanto em relação à demanda no momento atual quanto às expectativas para os meses seguintes. Na média do trimestre, em 20,9% das empresas consultadas o nível atual de demanda é considerado forte e, em 18,5%, fraco. Um ano antes, esses percentuais haviam sido de 20,7% e 17,5%, respectivamente.

Quando às expectativas, a projeção para vendas nos três meses seguintes avançou de -2,9% para -0,4%, entre setembro e outubro, e o indicador da tendência dos negócios nos seis meses seguintes passou de -4,5% para -0,7%, no mesmo período.

FATIA DO LEÃO PASSA DE 20%


Em 100 brasileiros, a maioria (74) já reconhece o peso dos impostos no seu orçamento. No ano passado, a vida parecia mais leve: o impacto fiscal era percebido por 62 em 100 brasileiros. Numa cesta básica, por exemplo, 22% do preço final se refere a impostos, segundo estudos divulgados pela Fecomércio-RJ.

É o que diz a versão 20123 da pesquisa Impacto de Tarifas e Tributos no Brasil, realizada anualmente pela consultoria Ipsos para a federação, ouvindo 1 mil pessoas, em 70 cidades de 9 regiões metropolitanas do país.

O reconhecimento do impacto dos impostos no dia a dia ocorre em todas as classes sociais, com mais peso na classe C, onde 75% das pessoas dizem sentir esse impacto (59% em 2011). Na classe DE, a proporção avançou de 53% para 58%, Na AB, de 77% para 80%.

A carga que parece mais pesada é a dos impostos municipais, como o IPTU, citados por 71% dos entrevistados. Em seguida, os impostos indiretos (sobre produtos e serviços), mencionados por 50%, os estaduais, como IPVA, lembrados por 32% e, por fim os federais, como o IR, com 10% das respostas - múltiplas, obviamente.

Sobre a cobrança de impostos no consumo, 96% disseram saber dessa incidência em alimentos, 95% no vestuário, 94% em energia e em produtos de higiene, 91% na telefonia, 90% em medicamentos, 88% em serviços pessoais, 86% em habitação, 85% em serviços bancários e 83% em combustíveis.

O peso na cesta
Outra pesquisa da entidade, a da Cesta de Compras no Estado do Rio de Janeiro, estima, em números, o peso da carga tributária sobre o poder de compra do consumidor. Diz ela que a diferença entre o preço de uma cesta com impostos (R$ 482,26 em setembro) e uma sem (R$ 375,24) chega a R$ 107,02, ou 22,2% do valor pago. Na cesta, são incluídos 39 itens de alimentação, higiene e limpeza.

Outra projeção desse estudo diz que, sem ter de pagar esses impostos, o consumidor aumentaria a compra de alimentos (77%), vestuário (73%), produtos de higiene (66%) e de saúde (55%).

SECA & APOIO


Foi prorrogada por mais dois meses a chamada Bolsa Estiagem, benefício de R$ 80 mensais por família afetada, inicialmente válido para o período de junho a outubro, nas regiões mais atingidas, o semiárido do Nordeste e o norte de Minas Gerais. Também foi autorizado pagamento de mais duas parcelas de R$ 136 do Garantia Safra, em função do prolongamento do período de seca.

Entre as medidas emergenciais tomadas pelo governo estão a antecipação do pagamento do Garantia Safra, a contratação de quase 5 mil carros-pipa para distribuição de água, pelo Exército nessas regiões, a construção de cisternas e recuperação de poços artesianos, além do repasse de recursos para governos estaduais e a prorrogação, até fevereiro, da venda de milho a um preço menor do que o de mercado para pequenos agricultores.

Calcula-se em 1,5 milhão o número de famílias que vivem no semiárido. E, desde abril, foram liberados mais de R$ 3 bi em ações de enfrentamento à estiagem.

JUÍZES PODEM PARAR POR AUMENTO


Juízes federais e trabalhistas, insatisfeitos com os próprios salários, prometem cruzar os braços na próxima quarta e quinta-feira (7 e 8 de novembro) para dar visibilidade à causa. O movimento é liderado pelas duas maiores entidades de classe das categorias, a Associação dos Juízes Federais do Brasil e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho.

Este texto está no site da Agência Brasil e segue abaixo, na íntegra.

As entidades, que representam cerca de 5 mil juízes, ainda não sabem qual será a taxa de adesão nem os efeitos da greve para a sociedade. "Mas, ressaltamos que haverá magistrados de plantão para emergências e que todas as audiências agendadas para o período da paralisação serão remarcadas", informa a assessoria da Ajufe.

Os juízes também ameaçam boicotar a Semana Nacional de Conciliação, que é realizada pelo Conselho Nacional de Justiça desde 2006 e neste ano será de 7 a 14 de novembro. No ano passado, as duas justiças realizaram quase 110 mil audiências e cerca de 50 mil acordos, que totalizaram R$ 748 milhões.

Embora recebam salário entre os mais altos no funcionalismo público - quase R$ 22 mil em início de carreira - os juízes da União não concordam com a corrosão dos vencimentos nos últimos anos devido à inflação. Eles argumentam que, embora a Constituição preveja revisão anual dos subsídios, houve apenas um reajuste de 9% desde 2005.

A categoria não concordou com o percentual oferecido pelo Executivo aos servidores federais em agosto deste ano, de 15,8% até 2015, e pede readequação para 28,86% apenas em relação às perdas dos anos anteriores.

Caberá ao Congresso Nacional bater o martelo sobre a taxa final de reajuste, e as entidades prometem procurar parlamentares durante a paralisação para negociar um novo patamar salarial. Os magistrados também querem negociar a atualização dos salários de acordo com o tempo de serviço.

A CESTA BÁSICA, O MÍNIMO LEGAL E O NECESSÁRIO


Saiu a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos em 17 das maiores capitais brasileiras. Em outubro, essa Cesta encareceu em nove dessas cidades e as maiores altas foram as do Recife (4,49%), de Manaus (3,61%) e Fortaleza (2,54%). Entre as sete baixas, destaque para as de Florianópolis (-9,04%), Brasilia (-3,66%) e Vitória (-2,29%).

A cesta mais cara foi a de São Paulo, no valor de R$ 311,55, seguida pelas de Porto Alegre (R$ 305,72) e Manaus (R$ 298,22). As mais baratas foram as de (R$ 206,03), Salvador (R$ 223,00) e João Pessoa (R$ 232,97).

De janeiro a outubro, os maiores aumentos na cesta básica ocorreram em Fortaleza (18,54%), Manaus (16,59%), Natal (16,40%) e Recife (15,88%). Os menores, em Goiânia (1,79%), Vitória (6,70%) e Salvador (6,79%).

De juro e de fato
Com base no custo da cesta mais cara e considerando a Lei do Salário Mínimo, o Dieese estima mensalmente o valor do salário legal, isto é, o que cumpriria os preceitos da lei. Em outubro, esse mínimo legal deveria ter sido de R$ 2.617,33, ou seja, 4,21 vezes o piso vigente (R$ 622).

Na média, em outubro, houve relativa estabilidade no tempo de trabalho exigido de uma pessoa que receba o salário mínimo bruto em vigor para compra da cesta básica: 95 horas e 1 minuto no mês passado e 95 horas e 12 minutos em setembro. Em outubro do ano passado, menos: 94 horas e 4 minutos.

Descontada a parcela do INSS, do mínimo líquido sobram 46,95% para pagar a cesta básica. Em setembro, 47,04%, e em outubro do ano anterior, 46,48% do salário mínimo líquido vigente.

A pesquisa é feita em Manaus, Belém, Aracaju, Recife, Fortaleza, João Pessoa, Natal, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Vitória, São Paulo, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Goiânia e Brasília.

INFLAÇÃO PERDE EMPUXO
O boletim semanal Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, traz previsões de menor inflação nos IGPs, este ano: para o IGP-DI, os analistas reduziram suas projeções de 8,42% para 8,34%. Para o IGP-M, de 8,30% para 7,92%. Para 2013, foram mantidos os 5,16% para o IGP-M e subiu de 5,16% para 5,17% o IGP-DI.

IPCA
E também baixou a alta prevista para o IPCA deste ano: de 5,45% para 5,44%, mais próxima à prevista há um mês (5,42%). Foi mantida a taxa de 5,40% para 2013, menos que os 5,44% de um mês antes. E não mudaram as expectativas para a alta dos preços administrados nos dois anos: 3,50% neste e 3,00% no próximo.

Outubro & novembro
Outubro, diz o Focus, deve ter fechado com IPCA de 0,56%. Para novembro, a estimativa passou de 0,52% para 0,51%. Um mês antes, era projetada em 0,53%.

Juros
Caiu mais um pouco a mediana das projeções para a Selic do próximo ano (de 7,75% para 7,63% anuais) e não mudou a deste exercício (7,25%). Na última reunião do Copom, marcada para este ano, dias 26 e 27, não deve haver mudanças, segundo o Focus.

Câmbio
Subiu R$ 0,01 a estimativa para o câmbio neste fim de ano (de R$ 2,01 para R$ 2,02), mas não mudou a do final de 2013, quando o dólar valerá R$ 2,01.

Mais
Outras projeções do Focus: saldo comercial de US$ 18,200 bi (antes, de US$ 18, 450 bi) este ano e de US$ 15 bi, como antes, em 2013; déficit em conta corrente de US$ 55,730 bi este ano (US$ 55,7 bi antes) e US$ 65,9 bi no próximo (sem mudança). Para o ingresso de capital externo, as estimativas são de US$ 60 bi em cada ano - para este ano, antes eram esperados US$ 59,8 bi. Para 2013, segue a mesma previsão.

PIB & indústria
Se, para a alta do PIB, o mercado financeiro parece ter cravado em 1,54% sua previsão para este ano e 4% para o próximo, não há ainda conta fechada quanto à produção industrial de 2012. No Focus mais recente, as projeções são de queda maior que a antecipada na edição precedente, de -2,10% para -2,31%. Para 2013, mantém-se a expectativa de recuperação, com crescimento de 4,15%.

Preço do carro 1
Este ano deve fechar com deflação no preço médio do carro 0km, informa o jornal O Estado de S.Paulo. Analistas calculam esse recuo em 5,8%, efeito do corte do IPI desde maio. O benefício terminará dia 1º de janeiro, e há expectativa de reajuste no atacado - nada além de 2,1%, ou a metade da inflação do período, segundo esses especialistas.

Preço do carro 2
Diz o jornal que, desde 2002, só em 2004 a alta dos preços dos carros novos superou a inflação e, a partir de 2008, houve recuo. Nesses dez anos, a inflação somou 76%, o preço dos veículos subiu 3,8% na média. A venda de carros novos passou de 1,775 milhão em 2002 e 2,8 milhões em 2008 para os 3,8 milhões previstos neste ano.

Recorde 1
A pouco menos de dois meses para o final do ano, firma-se a previsão de que a Itaipu Binacional vai superar seu próprio recorde mundial de geração de energia elétrica. Até outubro, a usina produziu 82.672.690 megawatts-hora (MWh), mais que os 80.003.695 MWh desse intervalo em 2008, ano do atual recorde, de 94,684 milhões de MWh.

Recorde 2
Para ultrapassar essa marca, a Itaipu vai precisar gerar todo dia, até o final do ano, pelo menos uma média diária de 197 mil MWh, quantidade bem abaixo da produzida nos três últimos meses de 2011, que foi de 253 mil MWh, ou até mesmo quando comparada ao último trimestre de 2008, quando produziu 241 mil MWh/dia. Basta manter a menor média diária para o ano terminar com 95 milhões de MWh gerados - suficientes para o recorde.

Comentários no Facebook

Sitevip Internet