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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Lista pra papi Noel

Divulgação

Como costuma acontecer, a maior parte do 13º salário terá este ano a função de pagar dívidas. E até um pouco mais que no ano passado, quando 60% das pessoas fizeram isso; este ano, 61% estão planejando fazer a mesma coisa. A confirmação do hábito está na pesquisa da Anefac sobre o assunto, agora divulgada. Dos que vão usar todo ou parte do 13º para se livrar de dívidas, a maioria (76%) vai tentar rezar faturas do cartão de crédito e/ou cheque especial (no ano passado, 75%).

Detalhe: a maior parte das compras deste Natal será paga com... cartão de crédito (80%)!, seguido pelo cheque e pelo cartão de débito.

A Anefac apurou redução de 17% para 16% (ou 5,88%) no número dos que vão usar parte do 13º para comprar presentes, entre o ano passado e este. E será maior o número dos que pretendem utilizar recursos próprios para essas compras de natal (+1,3%) e menor o dos que vão usar cheque pré-datado (-5,56%).

Não mudou o número dos que vão poupar parte do 13º para as despesas comuns de começo de ano, como IPTU, IPVA: 12%, como já há três anos. Também continua em 2% o número dos que aproveitam o extra para fazer reformas em casa e em 3% os que fazem investimentos.

Sobre a lista de compras de Natal, os primeiros colocados são os eletroeletrônicos e os eletro-portáteis (presentes em 75% das intenções), seguidos por celulares (74%) e roupas (68%). Caiu a intenção compra de linha branca e informática, além da de brinquedos, que ocorre já há três anos. Para analistas, isto em parte pode ser atribuído à mudança de hábitos de consumo do público mais jovem, cuja preferência por eletrônicos e celulares é crescente e patente.

A maioria dos que irão às compras (76%) pretende gastar até R$ 500 (72% em 2011). Vão passar desse valor 24% dos entrevistados (28% em 2011). O número de quem quer gastar entre R$ 100 e R$ 200 aumentou 8,33% de 2011 para 2012. Os que podem gastar entre R$ 200 e 500 aumentaram 5,41%, no intervalo. Caiu 33,33% o número dos grandes compradores (de R$ 2 mil a R$ 5 mil) e recuou 20,00% o dos médios compradores (entre R$ 1 mil e R$ 2 mil).

E O IPI MENOR VAI CONTINUAR


Não vai mais terminar dia 31 de outubro a redução do IPI dos automóveis: o benefício vai valer até 31 de dezembro, decidiu a presidente Dilma Rousseff, durante visita ao Salão do Automóvel, aberto nesta quarta-feira em São Paulo. O IPI menor começou a valer em maio.

Para ajudar o setor, o governo tirou até 7 pontos da alíquota do IPI de veículos,de acordo com o modelo e a cilindrada. O corte maior vale para carros mais baratos, de motor 1.0. Os veículos com motor a álcool e flex, e 1.0 e 2.0, recolhem 5,5% de IPI (antes, 11%) e os modelos a gasolina e 1.0 a 2.0 pagam 6,5% (antes,13%).

O setor automotivo representa cerca de 21% do PIB da indústria. Em agosto, quando se esperava fim do benefício, foi batido recorde de vendas (405 mil unidades), seguido por recuo de 31% em setembro (para 277 mil). Na primeira quinzena de outubro, a queda é de 10,1% sobre o mesmo período de setembro (dados das concessionárias, por sua entidade, a Fenabrave). No ano, as vendas cresceram 5,5%.

Segundo a entidade das montadoras, a Anfavea, este ano serão produzidos 3,8 milhões de veículos, volume que subirá a 5 milhões por ano em 2020, com previsão de investimentos de R$ 60 bi nos próximos anos.

Em janeiro 2013, entrará em vigor o novo regime automotivo, com crédito presumido de IPI de até 30 pontos percentuais para os fabricantes de veículos que fizerem investimentos em pesquisa e desenvolvimento e se comprometerem a melhorar eficiência energética de veículos.

E os outros?

O mercado acredita que o governo dará mesmo tratamento para outros setores beneficiados com redução do IPI, como os produtos da linha branca, móveis e luminárias, cujos prazos terminarão ao final de dezembro. Espera-se sua manutenção por todo 2013.

Na linha branca, caiu de 4% para 0 o IPI de fogões, de 10% para 0 o dos tanquinhos, de 15% para 5% o dos refrigeradores, e de 20% para 10% o das máquinas de lavar. Nos móveis, a alíquota caiu de 5% para 0; nas luminárias, de 15% para 5%.

MENOS CANA, AÇÚCAR E ÁLCOOL

Mesmo com avanço na primeira quinzena do mês, as vendas de etanol acumuladas desde o começo da safra (abril) até 15 de outubro ainda estão 2,25% abaixo das ocorridas no mesmo período do ano passado, somando 11,670 bilhões de litros, informa a entidade dos produtores, a Unica. Desse total, 9,730 bilhões de litros foram destinados ao mercado doméstico (3,650 bilhões de etanol anidro e 6,080 bilhões de hidratado) e 1,940 bilhão à exportação.

Cana

O volume de cana-de-açúcar processado pelas unidades produtoras da região Centro-Sul do Brasil soma 419,35 milhões de toneladas, com retração de 4,04% sobre o total de igual intervalo em 2011. No começo de outubro, houve melhor aproveitamento de moagem.

Produtividade

A produtividade agrícola está maior que a do ano passado, 74,0 toneladas por hectare agora e 64,4 toneladas antes, confirmando o processo de recuperação das perdas agrícolas obtidas no inicio da safra. A quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis por tonelada de cana-de-açúcar atinge 135,15 kg, com retração de 1,84% sobre a anterior.

Açúcar & álcool

Desde o inicio desta safra, a produção é de 26,790 milhões de toneladas de açúcar, 3,74% menos que no mesmo período de 2011. E a de etanol é de 16,740 bilhões de litros, sendo 10 bilhões de litros de hidratado e 6,740 bilhões de litros de etanol anidro, com recuos de 4,01% e de 10,24%, pela ordem e na mesma base de comparação.

Parada

O setor eletroeletrônico, após esboçar reação na pesquisa de agosto, voltou a mostrar indicadores desfavoráveis no mês de setembro. Em sondagem da entidade do setor, Abinee, o percentual de empresas que indicou crescimento nas vendas/encomendas em relação ao igual mês do ano anterior recuou de 43%, em agosto, para 27%, em setembro. Ao mesmo tempo, subiu 20 pontos percentuais o total de respostas que observou queda (51%).

Pico & piso

Informa a consultoria PwC Brasil: fusões e aquisições continuam em alta no país, com 590 transações fechadas de janeiro a setembro, 5,4% mais que no mesmo período de 2011. Em maio, bateu-se o recorde do ano, com 88 operações, efeito de mudanças regulamentares estabelecidas pelo Cade. De lá para cá o número caiu e em setembro bateu no piso, com 57 transações.

Casa própria 1

Informa a Abecip: de janeiro a setembro, o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo destinou R$ 58,6 bi a financiamentos imobiliários, com leve recuo (0,5%) sobre o total liberado um ano antes. Foram financiadas 332,4 mil unidades, ou 9,3% menos que um ano antes. Este ano, espera-se movimento de R$ 95,9 bi no crédito imobiliário que, em 12 meses, já tem alta de 5% sobre o mesmo intervalo anterior.

Casa própria 2

Em setembro, os recursos para compra e construção de imóveis foram de R$ 6,910 bi, ou 16% menos que em agosto e 6% menos que um ano antes. Foram financiados 37,7 mil imóveis, ou 17,5% menos que em agosto e 14,5% menos que em setembro 2011.

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