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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Reservas de US$ 378 BI; dívida de US$ 309 BI

Divulgação

Setembro terminou com as reservas internacionais somando US$ 378,7 bi, ou US$ 1,5 bi mais que ao final de agosto. Nesse aumento, a remuneração dos recursos entrou com US$ 338 milhões e as variações por paridades, US$ 1,1 bi, e por preços, US$ 258 milhões. Essas reservas cobrem, com sobra, a dívida externa total, estimada na mesma época em US$ 309,2 bi. Deste total, a de longo prazo soma US$ 272,1 bi e a de curto prazo, US$ 37,2 bi.

No dia 19 de outubro, o nível das reservas baixara para US$ 377,5 bi. Os dados são do relatório do setor externo, divulgados nesta terça, 23, pelo Banco Central. Da dívida total, em setembro, a fatia do governo geral era de US$ 59,9 bi, a da autoridade monetária, US$ 4,4 bi, a dos bancos, USA$ 141,4 bi e a de outros setores, US$ 103,5 bi.

Segundo o estudo, em setembro o balanço de pagamentos teve superávit de US$ 84 milhões e as transações correntes, déficit de US$ 2,6 bi, somando US$ 34,1 bi no ano e em 12 meses até setembro, de US$ 49,9 bi, ou 2,15% do PIB.

Foi deficitária a conta de serviços (US$ 3,5 bi em setembro e US$ 3,1 bi um ano antes), com as viagens internacionais representando gasto líquido de quase US$ 1,3 bi (com queda de mais de 2% sobre o resultado de setembro 2011). Neste setembro, os estrangeiros gastaram aqui US$ 441 milhões (11,9% menos que um ano antes) e os turistas brasileiros gastaram US$ 1,7 bi no exterior (4,9% menos). No ano, a receita com o turismo de estrangeiros soma US$ 5 bi e as despesas dos turistas brasileiros, US$ 16,4 bi.

As despesas líquidas com transportes totalizaram US$ 740 milhões (queda de 5,5% sobre as de um ano antes), o gasto líquido com serviços de computação e informações, US$235 milhões (menos 11,2%), as despesas líquidas com aluguel de equipamentos, US$ 1,5 bi (aumento de 9,4% na mesma base de comparação), as despesas líquidas de royalties e licenças, US$ 348 milhões (mais 22,9%).

As remessas líquidas de renda para o exterior somaram US$ 1,8 bilhão em setembro, 24,9% abaixo do resultado de setembro 2011. No ano, as remessas brutas de lucros e dividendos totalizaram US$ 19,6 bi, com recuo de 31,9% sobre o mesmo período de 2011. Com juros, as despesas líquidas alcançaram US$ 726 milhões em setembro (US$ 529 milhões em setembro 2011).

Os investimentos brasileiros diretos no exterior registraram aplicações líquidas de US$ 1,1 bi no mês. A participação no capital de empresas no exterior somou, liquidamente, aplicações de US$ 760 milhões, enquanto as concessões líquidas de empréstimos a empresas no exterior, pelas matrizes no Brasil, atingiram US$ 326 milhões.

O ingresso líquido de capital estrangeiro atingiu US$ 4,4 bi em setembro, sendo US$ 2,9 bi em participação no capital de empresas e US$ 1,5 bi em desembolsos líquidos de empréstimos intercompanhias. Em 12 meses, os ingressos líquidos de somam US$ 63,9 bi, ou 2,75% do PIB.

Tesouro

O Tesouro Nacional divulgou seu relatório mensal da dívida pública federal, referente também a setembro. Segundo o documento, o estoque dessa dívida, expresso em reais, cresceu 2,02% sobre o de agosto, passando de R$ 1,867 tri para R$ 1,905 tri. Nesse total, a dívida pública federal externa aumentou 0,57% no mês, encerrando setembro em R$ 88,9 bi (US$ 43,8 bi), sendo R$ 76,6 bi (US$ 37,7 bi) referentes à dívida mobiliária e R$ 12,3 bi (US$ 6,1 bi), à dívida contratual.

EMPREGO: SALDO MAIOR NO CAMPO E NAS OBRAS


É no campo que, este ano, se verifica o segundo maior saldo proporcional entre contratações e demissões, revela o Ministério da Agricultura, analisando dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, levantados pelo Ministério de Trabalho. De janeiro a setembro, as novas vagas somam 1,051 milhão; os desligamentos, 914,9 mil, com saldo positivo proporcional de 8,76%.

À frente, ficou a construção civil, com 9,48% e saldo líquido de 273,9 mil empregos este ano.

O agronegócio não é o principal empregador no Brasil. O setor de serviços é o primeiro, com 6,2 milhões de admissões e 5,6 milhões de desligamentos, este ano, uma diferença de 4,33%. Em seguida, comércio, com 3,7 milhões de admissões e 3,5 milhões de desligamentos (2,1%) e a indústria , com 3,1 milhões e 2,8 milhões (3,15%).

Em setembro, a sazonalidade da agricultura é a causa de dispensas por falta de serviço, entre o fim da colheita de verão e o preparo do novo plantio. Este ano, foram demitidos 19,014 mil trabalhadores no mês, e é positivo o fato de que o corte (-1,13%) foi menor que o do ano passado, proporcionalmente (-1,21%, referente a 20,874 mil postos).

Trabalhar fora

Ouvidos 12 profissionais em 24 países, a consultoria Ipsos apurou que 25% das pessoas consideram a possibilidade de trocar de país, para períodos de trabalho de até três anos, se a compensação financeira mínima fosse de 10% sobre as condições atuais. No ano passado, menos de 20% das pessoas aceitariam a mudança. E para 35%, não há oferta externa que compense deixar o país de origem.

A decisão de mudar depende, para boa parte dos interessados em partir (42%), do país de destino: os preferidos são EUA (34%), Reino Unido (22%), Austrália (20%) e Canadá (20%). O Brasil recebeu 5% dos votos dos estrangeiros. E os brasileiros dispostos a migrar são 27%, menos que no México (39%) e na Argentina (36%).

Outros pontos a considerar para o caso de uma mudança, além do país, do salário e do apoio à família: oportunidade de voltar para a mesma vaga depois de dois anos, passagens aéreas para visitar a família durante o período e uma viagem paga para conhecer o país antes de qualquer tomada de decisão. Para 45% dos entrevistados, é necessário também apoio para o parceiro obter emprego no mesmo local.

MAIS CONFIANÇA; CONSUMO SOB CONTROLE

Melhorou o Índice de Confiança da Indústria, medido pela FGV, na prévia de outubro: avanço de 1,3% sobre setembro, indo a 106,4 pontos no terceiro aumento seguido. O índice vai de 0 a 200 e a marca que separa pessimismo de otimismo é a de 100 pontos. A avaliação da situação atual subiu para 107,4 pontos (+2,3%) e a do futuro, para 105,3 pontos(+0,4%). Foram consultadas 804 empresas e o resultado final da pesquisa será divulgado dia 29.

Controle maior 1

Piorou a Intenção de Consumo das Famílias, medida pela Confederação Nacional do Comércio, em outubro: queda de 0,6%, passando de 135,7 pontos em setembro para 134,8 pontos agora. Sobre outubro 2011, recuo de 1,6%. O ICF vai de 0 a 200, também com 100 pontos separando insatisfação de satisfação.

Controle maior 2

No indicador da CNC, entram sete itens: emprego atual, renda atual, compra a prazo, nível de consumo atual, perspectiva profissional, perspectiva de consumo e momento para duráveis. De setembro para outubro, apenas este último teve alta. Para a CNC, a confiança recua com o ainda o alto comprometimento da renda em dívidas, mesmo mantendo-se o crescimento real da massa salarial.

Mais recursos

Informa o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social: de janeiro a agosto, o banco liberou R$ 94,6 bi em financiamentos, valor 3% maior que o do mesmo intervalo em 2011. Para a indústria, foram liberados R$ 33,5 bi (+18%), com destaque para os setores de papel e celulose, química e petroquímica, mecânica e material de transporte. O número total de consultas avançou 45%, referentes a projetos de R$ 200 bi. Os enquadramentos cresceram 35% (R$ 182,8 bi) e as aprovações, 9% (R$ 129,9 bi).

Não é fácil 1

Em pesquisa do Banco Mundial, o Doing Businees, sobre ambiente para negócios, realizada em 185 países, o Brasil fica no 130º lugar, perdendo posição sobre os dois levantamentos anteriores, 126º e 120º. Na pesquisa, foram comparadas as condições para uma empresa de porte médio atuar em cada país. O melhor lugar é Cingapura, onde em 3 dias uma empresa pode começar a operar (119 dias no Brasil). Há sete anos, Cingapura lidera a lista, em que se seguem, pela ordem, Hong Kong, Nova Zelândia, EUA e Dinamarca.

Não é fácil 2

Entre os latino-americanos, Chile é o primeiro (37º no tanking total). Na comparação da facilidade de obtenção de crédito, o Brasil fica no 104º posto, na carga de impostos, no 156º, no registros de propriedades, no 109º. Abaixo do Brasil, países como Serra Leoa, Libéria, Gabão e Suriname.

Não é fácil 3

Diz o estudo que, das 185 economias analisadas, 108 implementaram reformas regulatórias entre junho 2011 e maio 2012, com progressos significativos nos países em desenvolvimento quanto à regulamentação para facilitar negócios de empresas de menor porte.

Não é fácil 4

Nesse período, diz o Banco Mundial que o Brasil fez apenas uma reforma, ao simplificar a execução de contratos pela implementação de sistema eletrônico na apresentação de queixas, mas complicou a transferência de propriedades, exigindo novo certificado sobre débitos de trabalho, e mais procedimentos de análise de dados e números.

Dinheiro de fora 1

Levantamento da Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) coloca o Brasil no 6º lugar entre os países mais procurados para investimentos produtivos, com US$ 29,7 bi. O estudo se refere ao primeiro semestre deste ano e, à frente do Brasil, aparecem China (US$ 59,1 bi), EUA (US$ 57,4 bi), Hong Kong (US$ 40,8 bi), França (US$ 34,7 bi) e Reino Unido (US$ 30,8 bi). No mesmo intervalo do ano passado, o Brasil estava à frente destes dois últimos países, com US$ 32,5 bi. Desde 2003, os EUA encabeçavam a lista.

Dinheiro de fora 2

Os investimentos globais caíram de US$ 729 bi no primeiro semestre 2011 para US$ 668 bi no deste ano (queda de 8,4%), com menores aplicações nos EUA (menos US$ 37 bi) e nos países do Bric, Brasil, Rússia, Índia e China, (menos US$ 23 bi).

Caixa e lata vazia

Pelo Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos, que, nesta terça, 23 completa 12 anos de atividades, foram coletados mais de 9,1 milhões de embalagens recolhidas, sendo 1,7 milhão nos últimos 12 meses. O programa é desenvolvido pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco e pela Associação dos Fumicultores do Brasil, em mais de 570 municípios do Sul.

Agrotóxico

Calcula a Faculdade de Engenharia Agrícola de Pelotas que a cultura do tabaco utiliza 1,1 kg de ingrediente ativo por hectare. Em plantações de outras culturas, como a do tomate, por exemplo, o número sobe para 36 quilos por hectare.

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