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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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13º cresce 10% este ano e vai a R$ 131 bi

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Com o pagamento do 13º salário, mais R$ 131 bi entram em circulação no mercado, ou 2,9% do PIB, segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em Brasília, será pago o maior valor médio para o 13º salário (R$ 3.171); os menores, no Maranhão (R$ 1.030) e no Piauí (R$ 1.010).

O Dieese calcula em 80 milhões os brasileiros a serem beneficiados, trabalhadores com emprego formal (49 milhões, ou 62% do total), aposentados e pensionistas (estes dois últimos, 30 milhões, ou 37%), empregados domésticos com carteira (2 milhões, ou 2,4%) e mais 1 milhão (1,2% do total) de aposentados e pensionistas da União. Não há números dos aposentados e pensionistas dos Estados - que vão receber R$ 5,3 bi (ou 4% do total).

Os empregados formais e os domésticos vão receber a fatia maior, R$ 93 bi (71% do total). O pessoal atendido pelo INSS, 20% (R$ 26 bi) e o da União, 5% (R$ 6,4 bi). Este ano, o 13º será pago a um número 2,5% superior ao de 2011, e, em dinheiro, 10,5% mais.

Mais da metade do 13º salário é paga no Sudeste ( 51,1%), onde vive e trabalha a maior parte dos beneficiários; outros 15,5%, no Sul e 15,3% no Nordeste. No Centro-Oeste, 8,5% e no Norte, 4,6%.

Em Brasília será pago o maior valor médio para o 13º salário: R$ 3.171, seguido pelo pago em São Paulo (R$ 1.805) e no Amapá (R$ 1.797,19). Os menores 13º serão os do Maranhão (R$ 1.030) e do Piauí (R$ 1.010), segundo médias que não incluem os aposentados dos Estados, cujo número não foi possível ao Dieese obter.

Ao pessoal do setor formal, estimado em 47,4 milhões de pessoas, serão pagos R$ 91,3 bi. Quem vai receber a maior parcela é quem trabalha em serviços e na administração pública (60,2% do total). Em seguida, vem o pessoal da indústria (20,3%), do comercio (12,5%), da construção civil (5,0%) e da agropecuária (1,9%).

Quanto, a cada um
Na média, cada trabalhador do setor formal vai receber R$ 1.926. Para os mais aquinhoados, os que estão na administração pública e nos serviços, R$ 2.199 a cada um, na média. Na indústria, o 13º médio vale R$ 2.077. Na agricultura, R$ 1.078.

Em São Paulo, o 13° salário este ano vai somar R$ 39,4 bi este ano, uns 30% do total do Brasil e 59% da região Sudeste, ou de 2,7% do PIB estadual. Recebem esse salário 21,060 milhões de paulistas e pessoas que vivem no Estado (26,3% do total, 54,8% do Sudeste). Para os empregados formalizados, a fatia do 13º será de 78,2% do total (R$ 30,8 bi), para o pessoal do INSS, 18,3% (R$ 7,2 bi), para os aposentados e pensionistas do Estado, 3,5% (R$ 1,4 bi).

MAIS INFLAÇÃO
No mais recente boletim semanal do Focus, datado de sexta, dia 20, as projeções do mercado financeiro indicam que a inflação segue em alta e o avanço do PIB parou de cair: este ano, avança 1,54%, como na pesquisa anterior. Em 2013, a aposta continua em 4%. Quanto ao IPCA, agora a estimativa para todo 2012 subiu de 5,43% para 5,44%, mantendo-se em 5,42% a previsão para 2013.

Outubro & novembro
Este mês, diz o Focus, o IPCA termina com alta de 0,55% (antes, 0,51%). Em novembro, deve ficar em 0,52% (antes, 0,53%).

Menos produção
Para a produção industrial, espera-se queda ainda maior que a anteriormente calculada (-2,06%; antes. -2,03%) este ano. Para 2013, mais uma leve baixa, de 4,25% para 4,20%. Há um mês, esperava-se queda de 1,82% agora e avanço de 4,25% depois.

Mais produção
Outubro está indicando "visível melhora na confiança da indústria da transformação, com indicações de recuperação mais disseminada entre as categorias de uso, e não concentrada somente no setor de duráveis, alvo principal das ações de estímulo do governo", segundo comentário do economista da FGV, Aloisio Campelo, à imprensa, referindo-se a dados prévios do Índice de Confiança da Indústria. Esse indicador está em 1,3%, na terceira alta mensal, com marca de 106,4 pontos, a primeira acima da média (105,3 pontos) em 15 meses. O Nível de Utilização de Capacidade Instalada está em 84,3%, até aqui o maior desde maio 2011 (84,4%).

Fumaça branca
A indústria vai mal desde a primeira metade de 2011. Houve melhoras localizadas em setores beneficiados por isenção/redução do IPI (setor automobilístico, principalmente), desde a virada do semestre, este ano. Os "primeiros sinais de uma retomada mais disseminada na atividade industrial" estão aparecendo agora, segundo Campelo. Ele destaca o setor de bens intermediários, antes mais diretamente afetado pelos importados, e agora favorecido pela variação cambial. Mas "o tom da recuperação da indústria, atualmente, é moderado e frágil; melhorou, mas nem todos os problemas foram resolvidos".

Câmbio
Quanto ao câmbio, o Focus indica R$ 2,01 para o final de 2012 e de 2013. Antes, ficava em R$ 2,00. Outubro pode fechar com dólar valendo R$ 2,03 e novembro, R$ 2,02. Na média, este ano o dólar valerá R$ 1,95 e no próximo, R$ 2,01.

De fora & pra fora
Foram mantidas, na semana, as estimativas para ingresso de investimento estrangeiro direto em US$ 59,680 bi este ano e US$ 60 bi no próximo. Para o saldo da balança comercial, a novidade é a alta prevista para este ano (de US$ 18 bi para US$ 18,090 bi) e para o próximo (US$ 14,480 bi para US$ 15 bi).

Saldo: US$ 17 bi
De 2 de janeiro a 21 de outubro, a balança comercial acumula saldo de US$ 17,033 bi, valor 27,9% menor que o do mesmo intervalo em 2011 (US$ 23,635 bi), informa o Ministério do Desenvolvimento. As exportações somam US$ 194,780 bi (5% menos, na mesma comparação) e as importações, US$ 177,747 bi (2% menos).

Câmbio
E para os juros, o boletim Focus não muda o cenário na semana: o ano fecha com taxa anual de 7,25%, média de 8,47%. Para 2013, a projeção é de 8%, mas a estimativa da média passou de 7,50% para 7,44%.

Dívida & déficit
Também foi mantida a projeção sobre o peso da dívida líquida do setor público no PIB deste ano (35,20%), relação que, em 2013, deve cair para 34%. Há quatro semanas, o mercado previa 35,50% neste ano e 34,15% no seguinte. Sem mudança, igualmente, a expectativa quanto ao déficit em conta corrente (US$ 56 bi) este ano, mas com melhor resultado previsto para 2013 (queda de US$ 68,160 bi para US$ 65,9 bi).

PIB alemão
Informam o Ministério das Finanças da Alemanha e o Bundesbank: a crise do euro pode fazer o PIB alemão parar ou até regredir neste último trimestre do ano. A projeção de aumento caiu de 0,7% para 0,8% este ano e, no próximo, de 1,6% para 1%. Para o FMI, a alta será de 0,9%, em cada ano.

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