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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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DEUS NOS LIVRE DE MARINA

No inicio deste ano participei em São Paulo de uma reunião entre o presidenciável Eduardo Campos e diversos lideres setoriais do agronegócio.O objetivo era ouvir suas propostas para o Brasil, sua forma de gestão e também abrir espaço para que cada liderança presente pudesse apresentar pontualmente seu sentimento sobre os rumos do Brasil e algumas prioridades para o agronegócio.

Eduardo Campos colocou suas ideias de formaexcepcionalmente clara, fiquei impressionado com o conhecimento que ele apresentava de todos os setores.Mas acima de tudo,com a firmeza do ser, a postura, a diplomacia que apresentou e de uma forma cativante que, tenho convicção, impressionou a todos que não o conheciam. Ele nos explicou o porquê de sua aliança com Marina e deixou claro que entendia a preocupação do setor com relação a isso.

A preocupação ficou evidente na declaração da maioria dos líderes setoriais do agronegócio presentes na reunião, com algumas declarações mais incisivas e outras mais comedidas ao se referir a Marina Silva, mas foi evidenciada a preocupação em darmos apoio a uma candidatura onde a Vice de chapa se apresentava como,em diversas ocasiões deixou evidente seruma inimiga do agronegócio, queé um sustentáculo da economia nacional.

Eu ao me pronunciar para Eduardo Campos coloquei de forma contundente minha preocupação diante do radicalismo de Marina e o pré-conceito que ela apresentava diante do desenvolvimento da agropecuária. Não que o nosso setor fosse perfeito, mas que a generalização incrustrada em seus discursos era devastadora a imagem do Brasil e pouco contribuíam para um crescimento sustentável.

Deixei claro ao pré-candidato que o setor precisaria olhar nos olhos de Marina e ouvir dela que realmente teríamos um relacionamento de diálogo e uma busca comum para buscarmos o sustentável. Algo que se faz com respeito ao meio ambiente, desenvolvimento social e também econômico. Disse que precisaria ver da parte dela propostas positivas e que realmente buscassem resultados e não discursos agradáveis a europeus que exploraram ambientalmente o Brasil por séculos.

Eduardo Campos de forma muito diplomática, mas firme, deixou claro que ele era o líder e que seria o mediador do diálogo, pois ele entendia que o Brasil não podia abrir mão do agronegócio, pois isso inviabilizaria qualquer governo. E assim foi aquele debate, em que a maioria saiu impressionada com Eduardo campos, mas não menos arredio com a aliança a Marina Silva.

Eu respeito à pessoa de Marina Silva, afinal tem sua história de vida e suas batalhas, mas isto não impede que eu pense primeiro no meu país. E não é só o agronegócio que me preocupa, é a posição radical tomada por ela em todos os fóruns que a vi participar. Posições essas, impregnadas de pré-conceitos que pouca contribuição traz para corrigir o futuro. Eu sempre digo que o radicalismo é como acorrentar o filho ao invés de educá-lo.

Marina Silva pelas suas posturas para mim representa o retrocesso e disto tenho medo. Veja a história, o radicalismo não é diferente da ditadura, mas sim uma forma de ditadura onde o que vale é o conceito, o que ela pensa e entende por certo. O radicalismo não deixa espaço ao diálogo e com isto não constrói e sim engessa, escraviza, destrói elos e prejudica nações.

E tenho medo, pois temos assistidos perplexos a vários exemplosdo efeito do radicalismo em países aqui mesmo na América do Sul,como a Bolívia, a Venezuela e a Colômbia. Da noite para ao dia, estes governos colocaram setores inteiros na ilegalidade. Na África, países que antes eram exportadores de comida, devido à postura radical de seus governos, entraram colapso e hoje tem que importar alimentos.

Temo pelo Brasil com um governo que venha a ser liderado por alguém com a postura de Marina, uma pessoa que ao estar no Ministério do Meio Ambiente não foi capaz de conduzir o debate, pois queria impor suas ideias e dos seus. Preferiu sair ao encontrar resistência ao seu radicalismo, e a partir dai passou a posar de vitima e a fazer discursos internacionais denegrindo nossa imagem como devastadores da natureza, enquanto somos o país que mais preserva.

Tínhamos problemas sim, temos ainda, claro os problemas são eternos e a melhoria continua deve prevalecer. Marina poderia ter feito diferente, ter conduzido, ter discutido avanços, mas é mais simples e dá mais Ibope jogar pra torcida internacional do que discutir melhorias e avanços internamente. Disto tenho medo e temo pelo Brasil, são pessoas assim que trazem o retrocesso.

Enquanto Marina não mostrar que mudou, não estiver disposta a ter uma agenda comum com todos os setores de sustentabilidade. Enquanto não estiver disposta asentar-se a mesa de debates com técnica e inteligência para construir. Enquanto continuar sendo a mesma Marina de sempre, precisaremos estar muito atentos e preparados para a batalha e torcer a vencê-la nas urnas, e rezar para que Deus nos livre de Marina.


*Glauber Silveira é presidente da Câmara Setorial da Soja, Diretor da Aprosoja, Senar-MT, Abag e produtor rural em Campos de Júlio - MT.

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